Com o desfecho do pedido de impeachment de Dilma Rousseff se aproximando e já sob a batuta de Lula, o Planalto decidiu radicalizar na dose de um remédio antigo para tentar atrair o PMDB de volta para o lado governista. A ideia é ceder tudo o que for necessário para a sigla – não só destravando nomeações represadas, mas também distribuindo novos ministérios. “Ou chamamos o PMDB para ser nosso sócio de verdade ou não haverá escapatória”, resume um palaciano.
A onda da Lava-Jato se aproxima mais e mais do PMDB. A depender do alvo – e tudo indica que será graúdo – o tabuleiro da crise pode se embaralhar de novo.
Há quem defenda fazer as pazes com o PT caso um tsunami afogue novos peemedebistas.
No café da manhã com senadores na semana passada, Lula foi premonitório. Mostrando um telefone celular, disse: “O que acaba com o político é essa merda.”
Personagens que surgiram nas gravações conversando com Lula moderaram seus comentários em telefonemas trocados ontem.
A ressaca moral dos que caíram no grampo com Lula não atingiu Nelson Barbosa (Fazenda). Da série de diálogos revelados, ganhou o apelido de “ministro-ninja” por ser safar de uma conversa embaraçosa. Só respondia “tá”, “ahã” e “uhum”.
Fonte: Folha de S.Paulo
Créditos: Natuza Nery