O ex-prefeito de Cabedelo, município situado na Grande João Pessoa, Leto Viana (PRP), e outras 11 pessoas se tornaram réus, nesta quarta-feira (3), após a Justiça da Paraíba aceitar uma denúncia contra os investigados na operação Xeque-Mate, deflagrada no dia 3 de abril de 2018, pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba.
De acordo com a decisão do juiz Henrique Jorge Jácome de Figueiredo, a denúncia é referente a um esquema de corrupção, baseado em fraudes em licitações. Estima-se que a “operação tapa-buraco” tenha causado um prejuízo de cerca de R$ 937,4 mil aos cofres públicos.
Com isso, além de Leto, também se tornaram réus do processo Márcio Bezerra da Costa, Lucas Santino da Silva, Emílio Augusto Alquete de Paula, Daniel Solidônio de Sousa, Antônio Bezerra do Vale Filho, Osvaldo da Costa Carvalho, Roberto Alves de Melo Filho, Marco Aurélio de Medeiros Villar, Tiago Meira Villar, Érica Moreno de Gusmão e Reuben Cavalcante.
Operação Xeque-Mate
A operação Xeque-Mate tem o objetivo de desarticular um esquema de corrupção na administração pública de Cabedelo, na Grande João Pessoa, mais precisamente na Câmara Municipal e na Prefeitura. A ação foi coordenada pela Polícia Federal, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba. A operação foi desencadeada a partir de uma colaboração premiada do ex-presidente da Câmara de Cabedelo,
Lucas Santino. A operação também investiga a compra do mandato de Luceninha (PMPB), permitindo que o então vice-prefeito, Leto Viana (PRB), assumisse o cargo.
Primeira fase
Durante a primeira fase da operação “Xeque-Mate”, a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de prisão preventiva, 15 sequestros de imóveis e 36 de mandados busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça da Paraíba, no dia 3 de abril.
Além dos mandados, a Justiça decretou o afastamento cautelar do cargo de 85 servidores públicos, incluindo o prefeito e o vice-prefeito de Cabedelo, e o presidente da Câmara Municipal. Todos os 11 alvos de mandados de prisão foram detidos.
Segunda fase
Na segunda fase, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos em João Pessoa e Cabedelo, no dia 19 de julho. De acordo com a Polícia Federal, também foram realizados o sequestro de aplicações e ativos financeiros no valor de mais de R$ 3 milhões. Nesta etapa da operação, sete pessoas foram denunciadas.
Terceira fase
Na terceira fase, o empresário Roberto Santiago foi preso preventivamente, por negociar contratos ilícitos da Prefeitura de Cabedelo em benefício próprio. Outros 11 mandados de busca e apreensão nas residências de investigados também foram cumpridos pela PF e pelo Gaeco, na Paraíba e no Rio Grande do Norte.
Além disso, 20 imóveis de investigados, avaliados em mais de R$ 6 milhões, foram sequestrados. O objetivo dessa etapa foi desarticular o esquema de corrupção e fraudes licitatórias referentes aos contratos de manejo de coleta de lixo da Prefeitura de Cabedelo.
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Fonte: G1PB
Créditos: G1PB