Nostalgia

ESQUECIDOS: Relembre ex-Deputados famosos que sumiram da política paraibana

A política é uma ciência muito dinâmica. Candidatos se mantém no mesmo cargo por décadas, enquanto outros aparecem e somem da vista dos eleitores em um passe de mágica.

Arte: Marcelo Jr
Arte: Marcelo Jr

A política é uma ciência muito dinâmica. Candidatos se mantém no mesmo cargo por décadas, enquanto outros aparecem e somem da vista dos eleitores em um passe de mágica.

Aqui na Paraíba, temos verdadeiras dinastias que se perpetuam em Prefeituras e no poder legislativo, o que traz uma sensação de menor rotatividade nas Assembleias e Câmaras Municipais.

Mas isso não é uma regra pré-estabelecida e vários políticos que ficaram no centro dos holofotes por décadas, hoje lutam por cargos ou desistiram completamente da vida partidária.

Nessa matéria, o Polêmica Paraíba apresenta os principais casos de ex-Deputados famosos que sumiram da política paraibana.

Inaldo Leitão: Professor Universitário e Procurador do Estado, Inaldo disputou sua primeira eleição em 1990, quando concorreu a uma vaga na Assembleia Legislativa, não conseguindo se eleger, obtendo 5.945 votos. Mesmo com a derrota, foi alçado a Secretário de Justiça e Presidente do Conselho de Coordenação Penitenciária no Governo Ronaldo Cunha Lima.

Pautado pela força no Governo, retornou no pleito seguinte, se tornando Deputado Estadual com 13.897 votos. Durante o mandato foi líder do Governo Maranhão e Presidente da Assembleia entre 1997 e 99. Preferiu não disputar a reeleição, para tentar uma vaga na Câmara Federal, sendo o terceiro mais votado ao ter mais de 70 mil votos.

Em 2002, acabou ficando apenas na primeira suplência. Porém, a cassação de Damião Feliciano, colocou Inaldo de volta à Câmara. No pleito seguinte, conquista boa votação, mas que não foi suficiente para um terceiro mandato.

Após ficar 12 anos fora da política, ensaiou um retorno nas Eleições de 2018, mas acabou desistindo de participar, o que se repetiu em 2022.

Olenka Maranhão: Sobrinha do saudoso José Maranhão, filha da ex-Prefeita de Araruna Wilma Maranhão e irmã do ex- Prefeito e Deputado Federal Benjamin Maranhão, Olenka disputou sua primeira eleição em 1992, quando se elegeu Prefeita de Cacimba de Dentro, com apenas 22 anos.

Após terminar o mandato, tenta uma vaga para a Assembleia em 1998, quando é a Deputada mais votada da história da Casa Epitácio Pessoa até então, superando a votação de Afrânio Bezerra em 1982, ao atingir mais de 43 mil votos, quase 13 mil de vantagem para o segundo colocado.

Reeleita para mais três legislaturas, Maranhão perde sua primeira eleição, quando fica na segunda suplência do MDB em 2014. Após essa derrota, se tornou Secretária Municipal na gestão de Cartaxo em 2016, cargo que ocupou até 2018. Olenka se filiou ao Republicanos em 2022, em uma suposta tentativa de retorno a Assembleia, mas acabou não participando do pleito.

Avenzoar Arruda: Avenzoar disputou sua primeira eleição em 1992, quando se tornou Vereador da capital ao atingir 1.027 votos. Considerado um dos principais nomes da esquerda no estado, disputou o Governo Estadual em 94, quando ficou na terceira colocação com mais de 70 mil votos.

Após não disputar à reeleição para a Câmara Municipal, se torna o primeiro Deputado Federal paraibano eleito pelo PT no pleito de 1998, nas eleições seguintes, não tenta um retorno para Brasília, ao se candidatar para o Governo pela segunda vez.

Consegue melhorar a votação que teve em 1994, mas fica mais uma vez na terceira colocação ao atingir um pouco mais de 200 mil votos. Tenta ser Prefeito da Capital em 2004 e Deputado Estadual em 2006, naquela que foi a sua última eleição.

Em 2008, após 22 anos no PT, Avenzoar filia-se ao PSOL, tendo sido citado como pré-candidato à prefeitura de João Pessoa, em 2012 e 2016.

Gilvan Freire: Freire disputa sua primeira eleição aos 23 anos, em 1972, quando fica na suplência por uma das vagas a Câmara Municipal de Patos. Após vir para a capital, focou sua atenção para o direito, até 1990 quando decidiu disputar uma das vagas para a Assembleia.

Eleito com pouco mais de 7 mil votos, Gilvan se destacou, sendo líder do Governo Ronaldo e Presidente da Assembleia em seu primeiro mandato. Esses predicados o levaram a alçar voos mais altos, se tornando Deputado Federal, ao ser o terceiro mais votado do pleito, com mais de 57 mil votos.

Com o racha no MDB entre Ronaldo e Maranhão um pouco antes da eleição de 1998, Gilvan decidiu seguir com a ala dos Cunha Lima, saindo do partido, sendo colocado como candidato de oposição ao Governador pelo PSB. José Maranhão conseguiu se reeleger ao atingir mais de 80% dos votos, enquanto Freire ficou com 16%.

Tentou ser Deputado Estadual em 2002 e 2010 e Federal em 2006, tendo boas performances, mas sem conseguir se eleger. Continua trabalhando na advocacia e também como comentarista político.

Iraê Lucena: Filha do saudoso Humberto Lucena, Iraê disputou sua primeira eleição, pouco após a morte do seu pai em abril de 1998. Eleita Deputada Estadual, com mais de 20 mil votos, Lucena se reelegeu para mais duas legislaturas, ficando na Assembleia até 2010.

Após ficar na segunda suplência do MDB no pleito de 2010, Iraê foi Secretária da Mulher e da Diversidade Humana no Governo Ricardo Coutinho, cargo que ocupou até 2013.

Filiada ao PSDB desde 2013, Iraê nunca mais disputou uma eleição, mas é a atual Presidente do PSDB-Mulher na Paraíba, o que pode indicar uma possível volta a política no futuro.

Rodrigo Soares: Soares apareceu pela primeira vez como candidato a Vereador de João Pessoa pelo PT em 2000, quando ficou na segunda suplência do partido. Catapultado pela votação recorde de Ricardo Coutinho, foi um dos quatro Deputados Estaduais eleitos pelo PT no pleito de 2002.

Reeleito no pleito seguinte, Rodrigo foi colocado como Vice-Governador na chapa de José Maranhão na coligação MDB-PT, que buscava a reeleição de Maranhão após a cassação de Cássio em 2009. Derrotados em uma disputa apertada contra Ricardo Coutinho, Soares tentou retornar a Assembleia em 2014, ficando na primeira suplência do PT.

Morando hoje em Brasília, Rodrigo continua participando das decisões do partido na Paraíba e tem bom trânsito com o Presidente Lula.

Ricardo Marcelo: Filho do ex-prefeito João Pedro, irmão do ex-Prefeito e ex-Deputado Estadual Tarcísio Marcelo e da atual Prefeita de Belém, Dona Aline, Ricardo Marcelo disputou e venceu a sua primeira eleição no ano de 2002.

Reeleito para mais quatro legislaturas, Marcelo teve ótimas votações em 2010 e 2014, sendo o quarto mais votado no último pleito ao atingir mais de 45 mil votos. Foi também durante esse período que o Deputado foi Presidente da Assembleia entre maio de 2010 a janeiro de 2015.

Decidiu não disputar a reeleição em 2018 citando desorganização na oposição e a vontade de focar seus esforços na vida empresarial. Anunciou uma volta política em 2022, o que acabou não se concretizando. Nas eleições de 2024, irá apoiar a candidatura de sua esposa, a Vice-Prefeita Dona Cris, em uma disputa familiar contra a irmã Aline, na cidade de Belém.

Fabiano Lucena: Sobrinho de Cícero Lucena, Fabiano apareceu para a política como uma surpresa nas eleições de 2000, sendo o segundo Vereador mais votado na capital, com apenas 21 anos.

A boa votação o credenciou a voos mais altos, se tornando Deputado Estadual em 2002, ao atingir mais de 23 mil votos, durante esse mandato foi nomeado Secretário de Esportes pelo Governador Cássio Cunha Lima. Reeleito em 2006, sendo o quarto mais votado do pleito, Fabiano decidiu deixar a vida partidária para se dedicar a negócios na iniciativa privada.

A última incursão na política, foi o tempo que passou como Secretário do Meio Ambiente, no segundo Governo Ricardo Coutinho.

Antônio Mineral: Mineral começou sua vida pública em 1988, quando se elegeu Vereador na cidade de Passagem, com apenas 22 anos. Reeleito no pleito seguinte, o parlamentar foi um dos principais incentivadores da emancipação de Areia de Baraúnas, até então distrito de Passagem, em 1994.

A atuação no processo de emancipação foi primordial para a sua eleição como o primeiro Prefeito da nova cidade em 1996. Após não disputar a reeleição, Mineral venceu sua primeira eleição estadual, se tornando Deputado Estadual em 2002, tendo mais de 23 mil votos.

Reeleito para mais duas legislaturas, ficou na primeira suplência do PSC em 2014 e na quinta do PSB em 2018. Após dois insucessos, tentou um retorno à Prefeitura de Areia de Baraúnas nas últimas eleições, perdendo um pleito apertado contra Toinho Macedo. Mineral é o único da nossa lista que irá participar do pleito de 2024, com mais uma disputa pela Prefeitura de Areia de Baraúnas.

Ariano Fernandes: Ariano é membro da principal família da cidade de Mamanguape. Os irmãos José, Manoel e João, formaram um dos mais imponentes trios da política paraibana.

Manoel foi o de menos destaque sendo Prefeito de Mamanguape em duas ocasiões. João foi Deputado Estadual, Federal, Vice-Governador e Governador, durante o período em que José Américo de Almeida, assumiu a pasta do Ministério de Viação e Obras Públicas no governo do Presidente Getúlio Vargas. Mas o irmão de maior destaque foi José Fernandes.

Prefeito de Mamanguape em três ocasiões, José foi Deputado Estadual por incríveis 10 mandatos, entre os anos de 1951 a 1991, totalizando quatro décadas de Assembleia. Após a renúncia do Governador Pedro Gondim, assumiu o governo da Paraíba na qualidade de Presidente da Assembleia Legislativa, por um período que durou menos de um ano.

O principal nome a seguir o legado dos patriarcas foi Ariano, neto de Manoel. Disputou sua primeira eleição em 1992, perdendo uma disputa apertada pela Prefeitura de Mamanguape. Conseguiu se tornar Deputado Estadual, sendo o quinto mais votado em 94, sendo reeleito para mais duas legislaturas, ficando na suplência em 2006 e 2010.

Retornou a política pela última vez em 2018, como segundo suplente da chapa ao Senado encabeçada por Roberto Paulino, que ficou apenas na quinta colocação.

Walter Brito: Filho de um empresário do ramo do transporte, Brito disputou e venceu sua primeira eleição para a Assembleia em 1990. Reeleito em 94, 98 e 2002, não consegue retornar em 2006, mesmo tendo mais de 17 mil votos.

Em 2010, tenta o primeiro mandato como Deputado Federal, tendo apenas 7.433 votos. No pleito seguinte, filia-se ao PTC, desta vez candidatando-se ao Senado Federal, sendo o penúltimo colocado entre 7 candidatos, angariando 11.063 votos.

Sua primeira eleição municipal na carreira foi em 2016, quando disputou a Prefeitura de São Sebastião de Lagoa de Roça, afirmando ser uma decisão em homenagem à sua mãe, que era natural do município. Foi o menos votado da eleição, com apenas 51 votos.

Retornou para a política nas últimas eleições, tentando um retorno a Assembleia, filiado ao DC, porém teve apenas 557 votos.

Pedro Medeiros: Disputou sua primeira eleição em 1972, quando foi candidato a vice-prefeito na chapa de Nivaldo Maracajá em São João do Cariri. Após a derrota em sua primeira experiência, ficou 14 anos longe da política, até se tornar Deputado Estadual, filiado ao PPR.

Após ficar na suplência no pleito seguinte, volta à Casa Epitácio Pessoa em 94, se reelegendo para mais duas legislaturas. Na eleição de 2006, não consegue se reeleger, fato que se repete em 2010.

Em março de 2011, foi internado após um acidente vascular cerebral, chegando a ter um lado de seu corpo paralisado. Após alguns anos afastados, retornou a vida pública em 2018, tentando um retorno a Assembleia, mas atingiu apenas 1.327 votos.

Álvaro Gaudêncio Neto: Nasceu em uma família de políticos: seu avô, Álvaro Gaudêncio de Queiroz, foi deputado federal durante 20 anos; os tios, Álvaro Gaudêncio Filho e Manoel Gaudêncio, também foram deputados – o primeiro atuou na Câmara Federal entre 1971 e 1987, e o segundo exerceu 3 mandatos na Assembleia Legislativa. Seu tio-avô José Gaudêncio Correia de Queirós foi Senador e Deputado Federal, e seu primo Bruno Gaudêncio foi Vereador e também Deputado Estadual nos anos 90.

Seguindo os passos de sua família, Álvaro Neto se elegeu Vereador de Campina Grande em 1976, com apenas 19 anos. Reeleito em 82, licenciou-se do mandato de vereador para assumir a Secretaria de Indústria e Comércio no Governo de Milton Cabral, onde ficou até março de 1987, já na administração de Tarcísio Burity.

Em 1988, foi indicado a vice na chapa de Edvaldo do Ó, que ficou em quarto lugar no pleito municipal que elegeu o então deputado federal Cássio Cunha Lima para a prefeitura de Campina Grande. No ano seguinte migrou para o PFL, onde foi eleito Deputado Estadual em 1990, com 12.375 votos.

Em 1992, concorreu à prefeitura de Campina Grande pelo mesmo PFL, ficando em terceiro lugar. Dois anos depois, candidatou-se a deputado federal, se elegendo com 34.094 votos. Tentou se reeleger em 1998, mas os 43.878 votos que obteve não foram suficientes para garantir mais 4 anos de mandato. 

Foi candidato a Vice na chapa encabeçada por Enivaldo Ribeiro em 2000, pleiteando um retorno a Câmara mais três vezes, e a Assembleia outras duas, sendo a última eleição em 2018, obtendo apenas 3.985 votos. Após 5 anos sem partido, acertou sua filiação ao PSB em abril de 2024. Sua esposa, Lucinha Gaudêncio, e seu filho, Álvaro José, também filiaram-se à legenda.

Robson Dutra: Sua primeira eleição foi em 1982, quando foi candidato a Vereador de Campina Grande pelo PDS. Com 1.362 votos, foi o 11º candidato mais votado entre os eleitos. Em 1986, concorreu a Deputado Estadual, ficando como suplente.

Reelegeu-se para mais um mandato na Câmara Municipal com a quinta maior votação. Voltaria a disputar uma vaga na Assembleia Legislativa em 1990, novamente sem sucesso. Não concorreu à reeleição em 1992, voltando à política 2 anos depois, quando foi eleito deputado estadual com 17.608 votos, se reelegendo em 98, quando recebeu 28.878 votos.

Não conseguindo um novo mandato em 2002, Dutra tenta retornar a Assembleia por mais três oportunidades, sendo a última em 2018, quando teve sua pior votação. Em fevereiro de 2020, anunciou que seria candidato a Vereador em Campina Grande pelo Podemos. Sua candidatura foi indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba em outubro após denúncia do Ministério Público Federal, após ter contas reprovadas quando era secretário municipal.

Djaci Brasileiro: Djaci Farias Brasileiro, disputou sua primeira eleição em 1982, quando foi eleito Prefeito de Boqueirão dos Cochos (atual Igaracy), Após a conclusão do mandato, se torna Deputado Estadual em 1990, sendo o sétimo mais votado do pleito.

Reeleito para mais três legislaturas, ficou na terceira suplência do MDB em 2006. Decidiu não ficar muito tempo fora da política, disputando a Prefeitura de Itaporanga em 2008, se elegendo ao derrotar Audiberg em uma eleição muito apertada.

Perde a reeleição em um pleito ainda mais parelho contra Berguim, naquela que foi a sua última reeleição. Se filiou recentemente ao MDB ao lado do filho, Djaci Júnior, atual Vice-Prefeito de Itaporanga.

Carlos Dunga: Inicia sua carreira política em 1972, elegendo-se vice-prefeito de Boqueirão na chapa de Ernesto Heráclito do Rego. No ano de 1976, candidata-se ao cargo de prefeito de Boqueirão, vencendo as eleições daquele ano.

Após a conclusão do mandato é eleito Deputado Estadual em 1982, se reelegendo por mais três mandatos consecutivos, chegando a ocupar, por duas vezes, o cargo de presidente da Casa de Epitácio Pessoa. No ano de 1988, nas eleições municipais em Boqueirão, candidatou-se novamente a prefeito, mas não obteve êxito, sendo vencido por João Paulo Barbosa Leal.

Em 1998, candidata-se a Deputado Federal e é eleito com 49.357 votos, sendo reeleito em 2002 com mais de 82 mil votos. No pleito seguinte, não disputa a reeleição, para ficar na primeira suplência da chapa de Cícero Lucena ao Senado, que acaba saindo vencedora, assumindo o cargo rapidamente em 2008.

Nas eleições de 2010, candidata-se novamente a Deputado Estadual e obtém 18.841 votos, mas de imediato, não foi considerado eleito pelo TRE. Pouco mais de dois anos após a eleição, conseguiu assumir o mandato na Assembleia Legislativa da Paraíba, depois da retotalização dos votos, resultando na recontagem total dos votos, na qual alterou a composição da Assembleia, com a saída do então deputado Genival Matias, para a entrada de Carlos Dunga, em março de 2013, naquela que foi sua última eleição.

José Lacerda Neto: A carreira política de José Lacerda começou em 1959, quando foi eleito Prefeito de São José de Piranhas. Após essa vitória, o que se viu foi um dos maiores feitos da história da política paraibana.

Eleito Deputado Estadual pela primeira vez em 1962, em um pleito que englobou nomes como Wilson Braga, José Maranhão e Ronaldo Cunha Lima, José Lacerda ficou no cargo até 2006, em incríveis 11 mandatos na Assembleia Legislativa.

Essa sequência só foi quebrada em 2006, quando foi colocado como Vice na chapa encabeçada por Cássio Cunha Lima, que buscava a reeleição em uma disputa contra José Maranhão.

A vitória da dupla em um segundo turno apertado, acabou sendo manchada após a cassação da chapa pelo TSE em 2008 e confirmada no STF em 2009, o que tirou Cássio do poder e alçou Maranhão ao cargo de Governador. Essa foi a última disputa de José Lacerda, que tem sua filha Raissa como sua sucessora política.

Toinho do Sopão: Famoso por sua sopa na Lagoa Sólon de Lucena, Toinho disputou sua primeira eleição em 2008, quando concorreu a vereador da capital pelo PTN. Recebeu 2.271 votos, mas ficou apenas como suplente.

Em 2010, novamente pelo PTN, concorreu a uma vaga na Assembleia e para surpresa de muitos, atingiu incríveis 57.592 votos, se tornando o Deputado Estadual mais votado na história do estado até então, superando os 47.912 votos de Ricardo Coutinho em 2002.

Em 2012, seu nome chegou a ser lembrado para disputar a Prefeitura de João Pessoa, mas desistiu de concorrer e quase foi expulso do partido. Na mesma eleição, a então esposa de Toinho, Nilda Souza, disputou uma das vagas à Câmara Municipal, mas não conseguiu repetir o sucesso do marido, tendo apenas 248 votos.

Para a eleição de 2014, ficou longe da reeleição, terminando apenas em 67º lugar com 6.851 votos. Tentou uma vaga na Câmara de João Pessoa em 2016, recebendo apenas 169 votos. Após um tempo afastado da política, retornou em 2022, pleiteando um retorno a Assembleia, tendo mais uma votação muito aquém daquela de 2010, atingindo 181 votos.

Fonte: Vitor Azevêdo
Créditos: Polêmica Paraíba