Arapuan FM

ENTREVISTA: Kim Kataguiri prevê que bancada paraibana mudará tom sobre impeachment de Bolsonaro; OUÇA

O líder do Movimento Brasil Livre (MBL) e deputado federal Kim Kataguiri (DEM) disse, nesta terça-feira (28), que os deputados que têm um posicionamento parecido com parlamentares paraibanos que defendem 'equilíbrio' e 'moderação' na discussão sobre o imeachment do presidente Jair Bolsonaro, deverão mudar de ideia com o agravamento da crise e a perda do apoio popular pelo Governo Federal.

O líder do Movimento Brasil Livre (MBL) e deputado federal Kim Kataguiri (DEM) disse, nesta terça-feira (28), que os deputados que têm um posicionamento parecido com parlamentares paraibanos que defendem ‘equilíbrio’ e que evitam discutir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, deverão mudar de ideia com o agravamento da crise e a perda do apoio popular pelo Governo Federal. Ele é autor de um pedido de cassação do presidente da República.

Em entrevista ao Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, ele fez uma comparação do atual contexto polític0-social com o processo de afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “Alguns deputados que têm esse discurso de manter o equilíbrio, mas é um pensamento mais institucional, que ao longo do tempo não se sustenta. É o mesmo discurso que a gente escutou quando a gente protocolou o pedido de impeachment da Dilma, lá atrás em 2015. Demorou um ano para que o tempo das ruas, o tempo dos anseios populares, chegue no parlamento. Então é natural que os parlamentares estejam num ritmo mais lento”, disse.

Para Kim Kataguiri, o fato de o país atravessar a pandemia do novo coronavírus, com consequências econômicas e políticas, na visão dele, não é impedimento para a apresentação de um processo de afastamento. “A partir do momento em que o presidente se torna um criminoso, torna-se inviável sua manutenção no poder”, avaliou.

Segundo Kataguiri, se as investigações contra o presidente tiverem continuidade em Brasília, com base nas acusações do ex-ministro Sérgio Moro, o caso poderá resultar em prisão. “A base do pedido de impeachment é a utilização política, para fins pessoais da Polícia Federal, você utilizar o diretor-geral com intenção de blindar seus aliados políticos e de perseguir seus adversários, o que é crime de responsabilidade  e é também crime comum, o que pode resultar em prisão”, avaliou.

Desde o início do governo, a Câmara dos Deputados já recebeu cerca de 31 pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Para que o processo tenha início, no entanto, é necessário que o presidente da Casa, Rodrigo Maia, acate um dos processos.

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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba