O ex-secretário de estado Nilton Marinho e o engenheiro João Rodrigues falaram sobra a chegada das águas da Transposição do Rio São Francisco às terras paraibanas. Em entrevista ao jornalista Gutemberg Cardoso, os dois destacaram a grandeza da obra e a importância para a vida dos paraibanos que já sofreram tanto com a falta de água para sobreviver.
Os dois especialistas afirmaram que o paraibano Marcondes Gadelha defende a transposição há décadas, segundo João Rodrigues, Mário Andreazza foi o primeiro político a fazer um projeto prevendo a vinda de água do São Francisco para o Nordeste. “Mas ele não fez isso porque era bonzinho, ele era pré-candidato a presidente e tinha acabado de fazer a ponte Rio-Niterói, que beneficia o Sudeste e queria propor alguma grande obra para o Nordeste, para chamar a atenção e parecer uma boa opção para a região”, disse.
Questionado se os militares poderiam ter posto a ideia em prática, Nildo Marinho destacou que o Exército poderia ter feito um projeto e executado a obra, mas havia muitos interesses envolvidos na época e tudo foi engavetado.
Os dois engenheiros participaram da projeto de Transposição do São Francisco e destacaram a importância da Paraíba na luta para que a obra esteja sendo feita, depois das reivindicações de Gadelha ao presidente Itamar Franco, “que chegou a licitar a obra, mas uma juíza mandou parar tudo porque não tinha o detalhamento que ela queria e aí tudo parou e só foi retomado anos depois, com várias modificações”, disse Nilton Marinho.
O professor João Rodrigues foi enfático ao afirmar que o estudo mais aprofundado foi feito na Paraíba, “a Transposição é um pleito antigo do Nordeste, mas sem detalhamento”.
Os dois entrevistaram destacaram que o grande desafio será fiscalizar e acabar com as instalações clandestinas de água para irrigação de plantações, já que a Transposição tem a finalidade de atender as necessidades de consumo humano e animal, não deve ser usada para irrigar plantações.
Créditos: Polêmica Paraíba