ENCONTRO DE GOVERNADORES: Ricardo cobra mais apoio a industrialização do Nordeste

“É preciso acelerar o processo de desenvolvimento regional. Essa aceleração não pode deixar brechas para que haja vazio no processo de industrialização da região. O Nordeste não pode ser simplesmente uma região de consumo, de prestação de serviços. Tem que ser forte no turismo, com prestação de serviço, mas precisa da industrialização e é esse o ponto central que estamos discutindo com o ministro da Fazenda: qual é o instrumento de desenvolvimento regional que vamos ter para que as empresas percebam que é bem melhor permanecerem no Nordeste ou as novas virem para a região”, afirmou.

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O governador Ricardo Coutinho (PSB) afirmou, nesta sexta-feira (08), durante participação no encontro de Governadores do Nordeste, que acontece no Centro de Convenções em Natal (RN), que o Governo Federal precisa apresentar projetos de industrialização para acelerar o processo de desenvolvimento da região Nordeste.

Além de Ricardo e os oito outros governadores da região, a  reunião conta com a presença do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e do ministro para Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger.

“É preciso acelerar o processo de desenvolvimento regional. Essa aceleração não pode deixar brechas para que haja vazio no processo de industrialização da região. O Nordeste não pode ser simplesmente uma região de consumo, de prestação de serviços. Tem que ser forte no turismo, com prestação de serviço, mas precisa da industrialização e é esse o ponto central que estamos discutindo com o ministro da Fazenda: qual é o instrumento de desenvolvimento regional que vamos ter para que as empresas percebam que é bem melhor permanecerem no Nordeste ou as novas virem para a região”, afirmou.

O governador também sustentou a tese de que os estados nordestinos, castigados pelos efeitos das estiagens prolongadas, precisam ser tratados com “tempo” diferente do demais.

“Numa negociação é preciso você ter tempo. Qual é o tempo que nós vamos ter em função da definição deste instrumento de diferenciação de desenvolvimento regional. Agente precisa trabalhar com períodos, com tempos determinados, por que se assim não for a gente cai num buraco vazio. É preciso dar ao Nordeste uma perspectiva de presente, mas principalmente de futuro”, enfatizou.

“Não adianta você tratar de forma igual os diferentes. Nós somos diferentes , não por que quisemos, mas por que todo o desenvolvimento do Brasil fez com que o Nordeste fosse tratado de uma forma menor  e é preciso recuperar isso . Nós estamos recuperando, mas é mesmo a assim é muito lento.  Se nós crescêssemos o que vínhamos crescendo nos últimos 10 anos, mais do que o Brasil, levaríamos 30 anos para chegar a participação do Sul no produto do Brasil. Portanto, é muito tempo, e é preciso acelerar isso”, acrescentou. Com Maispb.