Em nota divulgada nesta terça-feira (30), a Executiva Nacional do PSol disse que durante entrevista ao Jornal Nacional nesta segunda-feira (29), o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), “criminaliza e trata como “marginais” a esquerda, os movimentos sociais e os dirigentes” do partido.
“Não aceitaremos ataques ao PSOL, seus dirigentes e militantes. Tampouco aceitaremos as constantes ameaças ao companheiro Guilherme Boulos, candidato do partido na eleição presidencial desse ano”, diz o documento.
O PSol também diz que fará oposição contra o projeto do capitão da reserva. “Bolsonaro terá que aprender a conviver com a vitalidade do povo brasileiro e seu legítimo direito à oposição”.
Leia a nota na íntegra.
O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou, na noite desta segunda-feira (29), em entrevista ao Jornal Nacional, que se referia à cúpula do PT e do PSOL quando afirmou que “marginais vermelhos” seriam banidos do Brasil em seu governo. “Foi um discurso inflamado, com a Avenida Paulista cheia. Logicamente, estava me referindo à cúpula do PT, do PSOL. O próprio Boulos havia dito que invadiria minha casa”, afirmou, em referência ao nosso candidato presidencial.
Bolsonaro demonstrou, mais uma vez, seu despreparo e total descompromisso com a democracia, sua histórica incapacidade de conviver com a diferença e, particularmente, com quem fará uma oposição firme e democrática ao seu governo. Criminaliza e trata como “marginais” a esquerda, os movimentos sociais e os dirigentes do PSOL. Não aceitaremos ataques ao PSOL, seus dirigentes e militantes. Tampouco aceitaremos as constantes ameaças ao companheiro Guilherme Boulos, candidato do partido na eleição presidencial desse ano.
Desde já, nos somaremos ativamente à resistência popular contra o projeto de Bolsonaro, que prevê privatizações do patrimônio público, reforma da previdência, perseguição a professores no exercício de suas funções, entre outros. Os 91 milhões de brasileiros e brasileiras que não votaram no presidente eleito merecem respeito. Como merecem respeito as organizações da sociedade civil, imprensa, movimentos sociais e partidos políticos. Bolsonaro terá que aprender a conviver com a vitalidade do povo brasileiro e seu legítimo direito à oposição.
Fonte: Revista Fórum
Créditos: Revista Fórum