Em meio a pressão do PCdoB e PV por aliança com Cícero, Cartaxo terá nome referendado pelo PT

A opção por Cartaxo, feita nacionalmente, ocorreu em meio a um jogo bruto de bastidores que não agradou as pretensões da Deputada Cida Ramos. Caso não houvesse intervenção nacional, a parlamentar tinha condições de ser a escolhida, já que liderava o processo internamente dentro da legenda. Para chegar a este resultado, as operações foram coordenadas pelo ex-governador Ricardo Coutinho, que mantém, ainda hoje, boas relações com a cúpula do partido, em Brasília.

A ação, que contou com o apoio do Deputado Federal Luiz Couto, teve dois propósitos: tirar Cida do processo eleitoral, além de enfraquecer os defensores do apoio a Cícero. A finalidade foi cumprida primeiro com uma resolução que estabeleceu candidatura própria, afastando assim, a tese de aliança. A próxima etapa foi a escolha do critério para a seleção da candidatura própria, tendo como principal opção, uma pesquisa de opinião pública favorecendo Cartaxo, visto que ele comandou a capital por oito anos.

Em consequência disso, após a definição da Executiva do PT, o próximo passo será levar a demanda para a deliberação da Federação Brasil da Esperança, com integrantes como PCdoB e PV. Na ocasião, os dois partidos apoiam a reeleição de Cícero Lucena e manifestaram o fato publicamente através de nota. A decisão final, portanto, terá que ser feita no plano nacional. O colegiado é comandado pela ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos (PCdoB), porém, o PT possui mais votos possíveis no grupo, contribuindo para o pleito de Cartaxo.

Nacionalmente, o PT já homologou 13 candidaturas em capitais neste ano, tentando, ainda, garantir o vice em seis outras, por exemplo, Rio de Janeiro e Recife. Em caso de confirmação em João Pessoa, serão 14 postulações alinhavadas.