O deputado federal Julian Lemos (PSL) foi o entrevistado do Frente a Frente desta segunda-feira (22), o parlamentar fez duras críticas ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Em 2018, Julian foi um dos maiores apoiadores do presidente. Para ele, a facada sofrida por Jair Bolsonaro (sem partido) foi essencial para a vitória nas eleições de 2018. Segundo o parlamentar, a disputa foi decidida naquele ato. “A eleição se decidiu ali. O próprio Bolsonaro dizia que não precisava fazer mais nada”.
Segundo Julian Lemos, a facada sofrida por Bolsonaro motivou uma parcela do eleitorado a votar no então candidato do PSL. Ele lembrou que o presidente venceu a disputa por apenas 10 milhões de votos, e dentro dessa parcela existe o perfil do eleitor que não votaria de jeito nenhum no PT.
O deputado lembrou ainda que o voto no chefe do executivo foi um voto de vingança e provavelmente a metade dos 57 milhões de pessoas que votaram no presidente em 2018 não deverão repetir o voto.
“Uma das coisas que Rodrigo Maia falou que ele tem razão: que Bolsonaro é o resultado dos erros da classe política”, arrematou. O parlamentar disse ainda que “Bolsonaro se tremia de medo de Lula concorrer às eleições”.
Ele criticou também Carlos e Eduardo Bolsonaro, filhos do chefe do presidente. “Carlos e Flávio não aguentam dois minutos de debate comigo. Praticamente quem carregou Bolsonaro nas costas fui eu”.
Para Julian Lemos, Bolsonaro se afastou da “linha de ideias” que defendia quando foi candidato a presidente e destacou que Bolsonaro “interfere na polícia federal sem problemas”. O deputado destacou que conhece o presidente como ninguém. “Eu sei verdades que só eu e ele sabemos.
Moro X Bolsonaro
“O presidente Jair Bolsonaro não chega nem perto da qualificação de Sergio Moro”, avaliou o deputado. De acordo com Julian Lemos, Bolsonaro era um homem de frases de efeito e que não gosta de ler, diferentemente de Moro, que é um estudioso e muito inteligente. “Bolsonaro ficava repetindo algumas coisas, entre elas, a questão do armamento e que o Brasil não poderia virar uma Venezuela, mas foi o pior presidente da história para a segurança pública, pode perguntar aos policiais”, criticou.
Apesar de deixar claro suas críticas e o posicionamento contrário à forma de fazer política do Partido dos Trabalhadores (PT), o parlamentar lembrou que na época que o partido governava o país pelo menos o setor tinha alguma condição melhor. “Hoje o policial não tem o que comemorar”, arrematou.
REUNIÃO COM MORO
Julian Lemos revelou que já teve a oportunidade de conversar duas vezes com o ex-juiz e atual candidato a presidente Sergio Moro, no bate papo ele destacou que falou sobre as principais pautas, como o desarmamento, “ ele não é desarmamentista, mas também não é a favor da banalização”, disse. Para o deputado, Moro tem grandes chances de vencer a eleição.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba