João Doria (PSDB), governador do Estado de São Paulo, foi o entrevistado desta segunda-feira (14), do programa Frente a Frente, TV Arapuan, Rede TV!. Ele falou sobre a forma como Bolsonaro tem lhe dado com a pandemia e criticou a gestão do presidente.
Doria lamentou o ritmo lento da vacinação no Brasil e disse que se a imunização tivesse iniciado no fim de outubro ou começo de novembro, o país já possuiria cerca de 70% de sua população imunizada. Ele lembrou que se fosse depender do governo federal, a campanha de vacinação só teria começado por volta do mês de abril.
“Quem não lembra das declarações do então ministro Pazuelo, que chegou a afirmar o início da vacinação no mês de abril?”, questionou.
João Doria disse que mais de 480 mil pessoas perderam a vida para a Covid-19 e se não tivesse sido o negacionismo do governo Bolsonaro pelo 240 mil pessoas teriam sido salvas. Ele chegou a afirmar que há provas suficientes e demonstrações claras que o governo federal é genocida.
“Vivemos uma triste realidade por conta desse negacionismo. Tá claro que o governo é genocida, é o que melhor classifica o presidente. Ele é o Messias da Morte. Jair Bolsonaro é o protagonista do genocídio do Brasil”, destacou
Doria repercutiu a fala de Bolsonaro, que disse que Queiroga iria assinar um decreto que liberaria quem foi vacinado e contaminado pela covid de usar máscaras.
“Eu posso usar calça apertada, mas quem ficou em uma saia justa foi o ministro Queiroga”, ironizou.
Segundo Doria, tal situação o levaria, caso fosse ministro da Saúde, a entregar o cargo. “Diria ao presidente: fique com o seu negacionismo, não use máscara, fique com a cloroquina, que eu ficarei com a vacina e deixaria o cargo”, destacou.
Ele mandou ainda, um recado para os apoiadores de Bolsonaro, relembrando a sua foto em um hotel em São Paulo, que foi compartilhado por bolsonaristas e que recebeu criticas do presidente.
“Meu desprezo as bolsominions e que publicaram minha foto com minha esposa, transgressão fazem os bolsonaristas quando fazem aglomeração, eu continuarei tendo o meu laser, aos que me criticam fiquem com a cloroquina e eu fico com a vida e com a vacina”, disse.
O governador criticou a sua legenda, o PSDB, segundo ele o partido fica em cima do muro, mas afirmou que não pretende deixar a legenda, “mesmo com todas as diferenças.”
ELEIÇÕES NA PARAÍBA
Questionado sobre se o PSDB deve lançar candidato na Paraíba em 2022, ele disse que apoia que a legenda deve lançar candidatos em todos os estados e cita alguns nomes que apoia na PB.
“Ruy Carneiro é um grande nome, assim como Cássio Cunha Lima e Pedro, além de Edna Henrique, que podem ser candidatos a governador, vice ou senador.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba