Em novembro, o PSDB vai definir quem será o candidato do partido à presidência em 2022 através de prévias entre os filiados do partido. A comissão que debate e define como serão as prévias do partido decidiu nesta segunda-feira (31) as regras da convenção para escolha do candidato do partido à Presidência. Ficou definido que os votos dos filiados sem mandato valerão apenas 25% do total.
A decisão é considerada uma derrota para o governador de São Paulo, João Doria, que defendia votos com o mesmo peso para todos os integrantes do partido.
Os outros 75% dos votos serão dados por 3 grupos diferentes. O 1º é composto por prefeitos e vice-prefeitos filiados ao PSDB. O 2º, inclui vereadores, deputados estaduais e distritais. O 3º terá deputados federais, senadores, governadores e os ex-presidentes da sigla.
O documento foi enviado para a executiva nacional, que se reunirá nesta terça-feira (1º). A proposta que saiu vencedora na reunião foi apresentada pelo ex-deputado mineiro Marcus Pestana, aliado de Aécio Neves.
“Todos vão ter que trabalhar, pedir votos, se expor e dizer o que pretende fazer e como absorver a tragédia que o Brasil está vivendo. O candidato terá de dizer claramente como vencerá os 2 vírus que atingem o Brasil, o que causa a covid-19 e o Bolsonaro”, disse José Aníbal, presidente da comissão das prévias do PSDB.
A data sugerida para a realização das prévias é 21 de novembro. Inicialmente, seria em 17 de outubro.
“A eleição de 2022 será totalmente diferente da de 2018. Não será momento para lançar nomes, mas para construir alternativas. E o PSDB irá se movimentar nesse sentido“, disse Aníbal.
Hoje, o PSDB tem 4 pré-candidatos. Além de João Doria, o governador gaúcho Eduardo Leite pleiteia o posto, assim como o senador Tasso Jereissati e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto. As decisões da comissão serão encaminhadas à Executiva Nacional do partido.
O grupo de Doria pretende continuar lutando pelo modelo que eles chamam de “voto universal”. O presidente do PSDB paulista, Marco Vinholi, aliado do governador paulista, disse que continuará o debate nas reuniões da executiva nacional. “Vamos seguir defendendo e tentando convencer sobre nossa posição”, disse.
Além de Aníbal, participaram da comissão o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, os deputados federais Lucas Redecker e Pedro Vilela, a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, o senador Izalci Lucas, o presidente do PSDB em São Paulo, Marco Vinholi, e o ex-deputado federal Marcus Pestana.
Fonte: Poder360
Créditos: Polêmica Paraíba