No próximo mês de abril, está previsto o lançamento do livro “Tchau, Querida – O Diário do Impeachment”, de autoria do ex-deputado federal Eduardo Cunha, que promete revelações bombásticas sobre integrantes deste e do governo anterior. Logo na introdução, ele aponta que o ex-presidente Michel Temer; o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia; e o deputado federal, Baleia Rossi foram os responsáveis pelo impeachment de Dilma Rousseff.
A coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, teve acesso à introdução de “Tchau, Querida“, em que Cunha reúne suas principais memórias do período.
Nela, Cunha afirma que a queda da ex-presidenta só foi possível por causa da articulação de Michel Temer: “Sem ele, não teria havido impeachment. Ele foi o militante mais atuante e importante. Simplesmente quis e disputou a Presidência de forma indireta”.
Ainda de acordo com a publicação, o ex-deputado afirma no texto que Rodrigo Maia também foi um dos articuladores do processo e “um dos principais militantes”. Além de dizer que o presidente da Câmara sempre buscou os holofotes desta ação: “Não tinha limites para sua ambição e vaidade”, afirma o emedebista. Inclusive, teria sido em seu apartamento a realização das tratativas cruciais para a queda de Dilma.
“Todos esses detalhes, reuniões, jantares, articulações, conversas, a obtenção dos votos necessários para a abertura do processo de impeachment serão contados nesse livro, de forma minuciosa“, diz a introdução do livro.
Por fim, ao falar sobre Baleia Rossi, Cunha diz que o candidato ao posto de próximo presidente da Câmara também participou da queda da petista porque tinha “força junto a Temer”, por quem foi patrocinado para se eleger líder nacional do MDB, e “só não foi ministro porque estava envolvido em suposto caso de fraude na merenda escolar de São Paulo”.
“O que se pretende com esse livro não é contar a história do final já conhecido, mas sim levar ao leitor todos os fatos que ocorreram para que se chegasse a esse resultado, com informações inéditas, relatados em ordem cronológica e análise das condições históricas que levaram a esse processo de impeachment“, escreve Cunha.
Eduardo Cunha foi preso em 2016, meses depois do impeachment de Dilma. Foi condenado na operação Lava Jato por lavagem de dinheiro recebido por intermediar contrato da Petrobras para a compra de navios-sonda na África. Atualmente, cumpre prisão domiciliar.
Fonte: Folha de S. Paulo, Poder360 e Portal IG
Créditos: Polêmica Paraíba