A parcela de candidatos que não declararam nenhum bem à Justiça Eleitoral aumentou quase 10% nas eleições municipais deste ano em relação ao registrado no último pleito, em 2016. Entre as mais de 549 mil candidaturas cadastradas até a tarde de quarta-feira (30), há aproximadamente 213 mil possíveis prefeitos, vice-prefeitos e vereadores que afirmaram não ter qualquer patrimônio.
Isso representa um percentual de 38,8% — ou seja, de cada cinco candidatos, dois dizem não ter bens. Quatro anos atrás, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou 496.927 candidaturas, o percentual dos sem patrimônio foi de 36%.
Neste ano são 2.004 candidatos a prefeito, 3.574 candidatos a vice e 207.811 candidatos a vereador sem bens declarados. Assim como em eleições anteriores, os postulantes às câmaras municipais são os que proporcionalmente mais disseram não ter patrimônio. De cada dez candidatos a vereador em 2020, quatro não informaram nenhum bem à Justiça Eleitoral.
Entre os que pretendem comandar as prefeituras, o percentual dos sem patrimônio declarado é de 10,4%. Já entre os que se candidataram a vice-prefeito, é de 18,6%.
PCO tem o maior percentual de candidatos sem bens e Novo, o menor
Na comparação entre os partidos, o PCO (Partido da Causa Operária) é de longe o que tem a maior proporção de candidatos sem nenhum bem. Entre aqueles que disputam as eleições municipais pela legenda, 72,7% se enquadram nessa situação.
Na lista dos partidos com maior parcela de nomes sem patrimônio, aparecem em seguida o PMB (Partido da Mulher Brasileira) com 59,4%, PMN (Partido da Mobilização Nacional) com 54,3% e PTC (Partido Trabalhista Cristão) com 52,4%.
Na outra ponta da tabela, as siglas com menor percentual de candidatos sem nenhum patrimônio declarado são o PP (Progressistas) com 34%, PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) com 34,9%, MDB (Movimento Democrático Brasileiro) com 32,2% e o Partido Novo, que tem apenas 15% de seus candidatos sem bens.
Fonte: UOL
Créditos: UOL