O custo do voto dos 54 senadores eleitos para compor a Casa, junto aos demais eleitos em 2014, variou de R$ 0,03 a R$ 26,21. Mecias de Jesus (PRB-RR) teve o custo do voto mais alto entre os eleitos para o Senado. Ele declarou ao TSE despesas de R$ 2,2 milhões e conquistou 85.366 votos. Cada voto do senador eleito saiu, portanto, por R$ 26,21.
O menor custo do voto foi de Major Olímpio (PSL-SP), que informou gastos de R$ 278,9 mil e recebeu 9.039.717 votos. Cada voto ficou por R$ 0,03. No levantamento do G1 com os dados dos 513 deputados federais eleitos, a média do custo do voto foi de R$ 10,10.
Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deve notificar, no prazo de cinco dias, os candidatos que não apresentaram as contas até 6 de novembro. Após a notificação, os candidatos têm um prazo de 72 horas para regularizar a situação.
Depois de Mecias de Jesus, os votos saíram mais caro nas candidaturas de Márcio Bittar (MDB-AC) e Confúcio de Moura (MDB-RO). Bittar gastou R$ 10,97 a cada voto que recebeu, e Confúcio desembolsou R$ 10,18.
A partir deste ano, há um limite de gastos na disputa ao Senado de acordo com o número de eleitores no estado. O valor do teto varia de R$ 2,5 milhões a R$ 5,6 milhões.
Nas eleições de 2010, quando 2/3 do Senado também foram renovados, o custo de voto mais alto foi registrado por Ivo Cassol (PP-RO). Na época, Cassol informou gastos de R$ 7,9 milhões e conquistou 454.087 votos – ou seja, cada voto custou R$ 17,39.
Na época, o tempo de campanha era de 90 dias (ante 45 dias atualmente) e as doações de empresas eram permitidas. O custo de voto mais baixo foi de Jorge Viana (PT-AC), que declarou despesas de R$ 54 mil e recebeu 205.593 votos. Viana gastou, portanto, R$ 0,26 a cada voto.
Despesas contratadas
Dos 54 senadores eleitos, a campanha mais cara foi registrada por Mara Gabrilli (PSDB-SP). A tucana informou gastos que totalizam R$ 5,3 milhões. O valor é bem superior ao registrado pela segunda campanha mais cara, a do senador eleito Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Pacheco informou ao TSE gastos de R$ 3,7 milhões.
Os senadores que também gastaram mais de R$ 3 milhões na disputa ao Senado foram: Eduardo Girão (PROS-CE), Professor Oriovisto Guimarães (PODE-PR), Weverton Rocha (PDT-MA) e Vanderlan Cardoso (PP-GO).
Quatro senadores eleitos informaram despesas abaixo de R$ 100 mil. São eles: Capitão Styvenson (Rede-RN), Soraya Thronicke (PSL-MS), Delegado Alessandro Vieira (Rede-SE) e Marcos do Val (PPS-ES). A campanha com o menor volume de recursos foi a de Capitão Styvenson, com R$ 35,6 mil.
Nas eleições de 2010, 29 dos 54 senadores eleitos (53,7% do total) gastaram mais de R$ 3 milhões na campanha. A campanha mais cara entre os eleitos foi de Lindbergh Farias (PT-RJ), que informou despesas de R$ 14 milhões.
Outros três senadores também tiveram gastos acima de R$ 10 milhões em 2010: Aécio Neves (PSDB-MG), Marta Suplicy, então filiada ao PT de SP, e Itamar Franco, que concorria pelo PPS de MG. Jorge Viana (PT-AC) foi quem declarou o valor mais baixo em despesas (R$ 54 mil).
Número de votos
Os dois senadores eleitos por São Paulo são os líderes no número de votos entre os eleitos para o Senado. Major Olímpio (PSL) conquistou 9.039.717 votos, enquanto Mara Gabrilli (PSDB) ficou com 6.513.282 votos. São Paulo é também o maior colégio eleitoral do país, com 33 milhões de eleitores, e concentra 22,4% do eleitorado apto a votar.
O terceiro senador eleito mais bem votado foi Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), com 4,4 milhões de votos. Em seguida, vêm os dois senadores eleitos pela Bahia: Jaques Wagner (PT), com 4,3 milhões de votos, e Angelo Coronel (PSD), com 3,9 milhões de votos.
Os senadores com menos votos foram eleitos por Roraima, estado com 333,5 mil eleitores aptos a votar (0,2% do total). São eles: Mecias de Jesus (PRB), com 85.366 votos, e Chico Rodrigues (DEM), com 111.466 votos.
Nas eleições de 2010, o senador mais votado foi Aloysio Nunes (PSDB-SP), com 11,2 milhões de votos. Marta Suplicy e Aécio Neves também ficaram entre os mais bem votados, com 8,3 milhões e 7,6 milhões de votos, respectivamente.
Novamente, os senadores que conquistaram menos votos estavam em Roraima: Angela Portela, então filiada ao PT, com 110 mil votos, e Romero Jucá, que concorreu pelo PMDB (atual MDB), com 118 mil votos.
Eleição 2018: Limite de gastos na disputa ao Senado
UF
Nº de eleitores
Limite de gastos
AC
547.873
R$2.500.000,00
AL
2.188.140
R$3.000.000,00
AM
2.425.918
R$3.000.000,00
AP
511.524
R$2.500.000,00
BA
10.388.754
R$4.200.000,00
CE
6.342.684
R$3.500.000,00
DF
2.086.133
R$3.000.000,00
ES
2.755.424
R$3.000.000,00
GO
4.452.427
R$3.500.000,00
MA
4.536.377
R$3.500.000,00
MG
15.706.144
R$4.200.000,00
MS
1.878.107
R$2.500.000,00
MT
2.330.725
R$3.000.000,00
PA
5.496.889
R$3.500.000,00
PB
2.865.578
R$3.000.000,00
PE
6.572.437
R$3.500.000,00
PI
2.355.180
R$3.000.000,00
PR
7.975.223
R$3.500.000,00
RJ
12.410.983
R$4.200.000,00
RN
2.373.092
R$3.000.000,00
RO
1.175.891
R$2.500.000,00
RR
331.492
R$2.500.000,00
RS
8.358.401
R$3.500.000,00
SC
5.070.696
R$3.500.000,00
SE
1.572.064
R$2.500.000,00
SP
33.037.175
R$5.600.000,00
TO
1.039.708
R$2.500.000,00
Fonte: TSE
Fonte: G1
Créditos: G1