O rompimento do deputado federal Rodrigo Maia com o Democratas marca o retorno do partido à agenda da direita no cenário nacional. A avaliação é do líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Efraim Filho, que em entrevista ao Polêmica Paraíba, afirmou que a legenda optou por seguir o caminho das origens da legenda, que não era o mesmo que vinha sendo trilhado pelo ex-aliado. Efraim Filho também rebateu críticas de Rodrigo Maia sobre a posição do partido em relação à eleição da Câmara dos Deputados.
“O DEM vai consolidar essa posição, que sempre foi a nossa origem, a raiz do partido. A agenda econômica que nós defendemos é uma agenda de direita. As políticas públicas que nós defendemos, a defesa do agronegócio. Nós temos a ministra Tereza Cristina no Governo Federal, são pautas muito características desse eleitorado, eu acho que mais do que nunca ficará marcada essa posição. Com independência, com autonomia, liberdade para divergir quando for necessário, mas um viés muito lógico, muito claro de apoio às matérias de ordem econômica”, resumiu o deputado.
Efraim Filho defendeu a direção nacional do partido, que foi acusada por Rodrigo Maia de ser omissa na disputa pela Presidência da Câmara. “O deputado Rodrigo Maia anunciou a saída do partido, saiu atirando, fazendo confusão e de forma injusta com o presidente do partido, ACM Neto, com o governador Ronaldo Caiado, com a bancada do partido, querendo terceirizar a ruína do bloco da candidatura de Baleia Rossi, que ele apoiou para a Câmara dos Deputados. E ele não fez uma autocrítica, não fez uma ‘mea’ culpa, não reconheceu seus erros, que fez com que ele não tivesse maioria dentro da própria bancada para o projeto que ele defendia. Na democracia, maioria não se impõe, maioria se conquista”, disse.
Mais cedo, a bancada do Democratas já havia divulgado nota criticando a postura de Rodrigo Maia na disputa pela presidência da Câmara. “Na verdade, ao tentar levar o partido para essa posição, sem consultar a bancada sobre o que desejava, Rodrigo se viu isolado e perdeu o comando do processo, e muitas vezes o alertamos sobre essa dificuldade”, afirma a nota. “Era a sua sucessão, cabia a ele construir os consensos e conduzir o processo”, diz o documento.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba