O Sindicato dos Médicos do Rio (SinMed) vai apresentar uma denúncia de assédio moral contra o prefeito Eduardo Paes no Ministério Público do Trabalho (MPT-RJ).
Na noite deste domingo, Paes levou o filho Bernardo, de 11 anos, à emergência do Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, e, segundo testemunhas, teria gritado com um médica durante o atendimento.
Para o presidente do sindicato, Jorge Darze, o prefeito “rompeu com os princípios básicos da civilidade e da moralidade”.
“Ele gritou só porque ela pediu uma identidade, o que é procedimento de praxe. Isso é inaceitável. Ele deveria dar o exemplo, mas errou ao pensar que deveria gozar de privilégios. Vamos apresentar a petição amanhã porque entendemos que houve indícios de assédio moral”, adiantou Darze.
Segundo o presidente do sindicato, a médica está muito abalada com o caso e “não fala coisa com coisa”.
“Ela é uma médica muito jovem. Está traumatizada. Ainda está em prantos e mal consegue falar. Está com medo”.
Em visita oficial ao Parque Olímpico, na manhã desta segunda-feira (14), Eduardo Paes negou que tivesse pedido a demissão da médica e comentou a falta de atenção da profissional.
“Eu não pedi a demissão de ninguém. O que eu disse para aquela médica é que ela tinha que ter uma postura de mais atenção. Ela não dá atenção para os pacientes, e isso eu não vou aceitar na minha rede”, disse Paes.
De acordo com a assessoria de imprensa do prefeito, a médica não foi demitida e a Secretaria de Saúde ainda não recebeu nenhum pedido formal de demissão.
Fonte: Extra Online