Doria ficando para trás

Eduardo Leite intensifica movimento para 2022, mas Doria segue como opção, diz presidente do PSDB

Até o momento, três tucanos demonstram vontade de representar o partido na disputa pelo Planalto

Presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo afirmou que o governador Eduardo Leite (PSDB-RS) se mobiliza para ser a opção tucana nas eleições à presidência em 2022. Araújo disse que, ainda assim, João Doria (PSDB-SP) continua como uma das opções do partido para a sucessão de Jair Bolsonaro:

“Ainda ontem vi total disposição do governador Doria em seguir no projeto da pré-candidatura a presidente, bem como Eduardo Leite intensificou suas movimentações. Todo o gesto que podermos fazer no sentido de que não somos o dono da bola, vamos fazer, mas sem deixar de construir o fortalecimento interno com o debate das prévias”, afirmou, em entrevista ao site Congresso em Foco.

Doria declarou, em entrevista publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, também no sábado que pode disputar a reeleição ao governo estadual em 2022. A fala vai contra os movimentos recentes do governador, que vem tentando ser candidato à Presidência da República em 2022: “Diante deste novo quadro da política brasileira, nada deve ser descartado”, disse Doria ao jornal paulista.

Três nomes na lista

De acordo com Bruno Araújo, até o momento são três os tucanos que demonstram vontade de representar o partido na disputa pelo Planalto. Além de Leite e Doria, também está o ex-prefeito de Manaus, ex-senador e ex-ministro Arthur Virgilio (AM): “Nós temos prévias marcadas para 17/10. Até aqui com três pré-candidatos. Arthur Virgílio anunciou. Eu sempre dei entrevistas avisando que não iríamos dialogar com ‘prato feito’. O PSDB vai seguir na escolha interna e democrática de seu candidato e esse estará legitimado no processo de diálogo com outras forças políticas”, afirmou o presidente do PSDB.

É a primeira vez que a legenda faz prévias em âmbito nacional. Mario Covas, Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves foram escolhidos candidatos a presidente por decisão unânime da legenda, sem prévias. A ideia já foi aplicada nas eleições para prefeitura de São Paulo em 2016 e para o governo paulista em 2018. Em ambas, João Doria foi escolhido candidato.

Desta vez, o processo de prévias dificulta os planos de Doria, que buscava ser escolhido o candidato do partido por aclamação e tentou assumir a presidência do PSDB para garantir isso, mas não teve sucesso. Adversários de Doria na sigla tentam fortalecer o nome de Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul. O gaúcho é hoje o tucano apontado como principal adversário de Doria na disputa pela candidatura.

Fonte: Congresso Em Foco
Créditos: Polêmica Paraíba