BRASÍLIA – O líder do PMDB na Câmara e candidato à Presidência da Casa, deputado Eduardo Cunha (RJ), rebateu em seu Twitter as declarações dadas na quarta-feira pelo líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS). Cunha disse que é “inaceitável” a interferência de Fontana na disputa. O gaúcho apoia a candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP). Eduardo Cunha disse que a bancada do PMDB não reconhece mais Fontana como líder do governo e não pretende dialogar com ele.
“Ele se comporta como líder do PT no governo e não como líder de um governo que tem vários partidos em sua base. O senhor Fontana sempre foi um líder fraco, desagregador, radical em suas posições e que levou o governo a várias derrotas por suas posições. A bancada do PMDB na Câmara não reconhecerá mais sua liderança e não se submeterá mais a ela. Não participaremos de nenhuma discussão sobre matérias do governo em que ele seja o interlocutor”, disse Eduardo Cunha, em várias mensagens hoje.
Na quarta-feira, Fontana classificou hoje como “inaceitável” o fato de Eduardo Cunha ter se declarado vítima de uma armação que supostamente seria orquestrada pela Polícia Federal, a mando do governo, com o objetivo de constranger sua candidatura.
– Acho um tanto quanto incompreensível a fala dele. Se essa gravação é falsa, ele deve colocar uma denúncia dizendo isso, mas não criar outra falsa acusação. Chamar a imprensa para acusar o governo e a Polícia Federal de estarem forjando para interferir no resultado da eleição é algo inaceitável – disse Fontana.
PT DEFENDE FONTANA
O PT também usou o Twitter para rebater os ataques de Eduardo Cunha. Um dos coordenadores da campanha de Chinaglia, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) usou a rede social para sair em defesa de Fontana.
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“Caro Henrique Fontana, a sociedade brasileira confia na competência e na importância do seu trabalho. O ataque se deve às suas qualidades”, escreveu Paulo Texeira.
Na véspera, ele já tinha sido o porta-voz do PT sobre o caso dos grampos. Paulo Teixeira acusou, também no Twitter, o líder do PMDB de criar um “factoide” para tentar promover sua campanha à Presidência da Câmara.
Ontem, Eduardo Cunha esteve em São Paulo e ainda em Minas Gerais, dentro de sua campanha.
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