O deputado federal Manoel Júnior (PMDB) respondeu às declarações do colega de partido Gervásio Maia sobre sua ausência na reunião da Executiva Estadual realizada na última sexta-feira, 04. Em entrevista ao Polêmica Paraíba, o presidente municipal da legenda disse que “não sabia que o deputado Gervásio é fiscal de reunião”.
“Eu justifiquei a minha ausência pelo compromisso assumindo fora do estado, representando meu mandato e Câmara em evento marcado há mais de um ano no Rio de Janeiro, não houve descaso meu com o partido”, explicou.
Demonstrando chateação com as declarações de Gervásio, Manoel Júnior disse que já era prefeito pelo PMDB em 1989, “quando Gervásio nem era filiado ao partido”. Ele disse ainda que “o deputado Gervásio, quando se refere a Cássio Cunha Lima se esquece que passou vários anos na Assembleia fazendo oposição ao governador Ricardo Coutinho e, misteriosamente, de uma hora para a outra, começou a dizer que o governo é bom”, questionou.
Manoel Júnior falou sobre a convenção do partido e afirmou que “a única coisa que eu fiz, depois de muita insistência do deputado Gervásio, em expor assuntos internos na mídia, foi rever minha decisão sobre a reeleição, eu já estava decidido de não ser mais presidente do partido, mas o deputado Gervásio queria levar o PMDB inteiro para uma candidatura do PSB”.
Ele pontuou ainda que Gervásio Maia poderia ter participado da convenção do partido e registrado chapa para a disputa, “ele poderia ter vencido as eleições e levar o partido para o plano do governador”, disparou.
Questionado se o PMDB seria mesmo apoiador incondicional do partido do governador socialista, Manoel enfatizou: “tanto era isso, que a fala do governador na semana seguinte foi de que o PMDB tinha que aprender a ser aliado, deixe ele fazer a campanha dele que o PMDB vai fazer a sua parte pela candidatura própria”.
Já sobre a possibilidade de mudança de partido coletiva, encabeçada por Gervásio Maia, Trócolli Júnior e Veneziano Vital do Rêgo, o deputado Manoel Júnior disse não querer criar polêmica sobre uma hipótese, mas aconselhou os colegas: “Eles foram eleitos pelo PMDB e, se Gervásio abre a boca para falar que eu não ligo para o partido, ele tem que cuidar do mandato, que é do partido; não vou me meter na vida política deles, mas não vejo motivos para deixarem o PMDB, eu fui majoritário em alguns municípios e o presidente estadual optou por manter um grupo político que não votou comigo e em nenhum momento vou sair do partido com essa justificativa”.
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