Duas lideranças políticas paraibanas, uma da esquerda e uma da direita, representados respectivamente pelo presidente estadual do PSOL na Paraíba, Tárcio Teixeira, e o deputado estadual e presidente estadual do Patriota, Wallber Virgolino, defenderam suas bandeiras e pontos de vistas acerca das manifestações que acontecerão nesta terça-feira (7) na Paraíba. A conversa entre ambos foi promovida durante o programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan.
Ao ser perguntado sobre qual é sua visão das manifestações pró-Bolsonaro que ocorrem neste feriado de 7 de setembro, Wallber Virgolino afirmou que o ato é “promovido pelo povo paraibano” que quer lutar por democracia e liberdade de expressão, em defesa da garantia dos direitos constitucionais.
“Isso não é um ato político, patrocinado por nenhum político. É um ato patrocinado pelo povo paraibano, a sociedade paraibana, os conservadores. Eles querem lutar por democracia e liberdade, lutar para que nossos direitos, conquistados a duras penas, não sejam tomados como diuturnamente a gente vê acontecer”, iniciou.
“É um movimento pacífico que a gente não está indo para disputar com ninguém, sem queda de braço com A ou com B. É apenas um grito de liberdade da população frente aos vários acontecimentos. A independência dos poderes no Brasil não existe mais. Um poder interfere no outro, a Constituição é rasgada e resta à população, lutar, clamar, se manifestar e demonstrar indignação”, explicou Wallber.
Perguntado sobre quais bandeiras que os manifestantes vão levantar nos atos, Virgolino afirmou que a democracia brasileira passa por um momento de fragilidade e disse que as mobilizações serão em defesa dos direitos constitucionais.
“Nossa bandeira é justamente isso. Garantir que os direitos constitucionais, principalmente os individuais prescritos na Constituição, sejam respeitados. A gente está passando por um momento difícil da democracia brasileira. A gente está vendo prisões sem nenhum tipo de fundamento, um único órgão ser polícia, ser ministério público, ser juiz e analisar o recurso. Isso não é estado democrático de direito”, justificou.
Já Tárcio Teixeira afirmou que a ala contrária ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) irá manifestar em favor de causas sociais, como o avanço na vacinação contra a Covid-19 e na manutenção e ampliação do auxílio emergencial. Ele também afirmou que é a população que está programando os atos, e não agentes políticos.
“Primeiro dizer que não é a esquerda que está programando. Não é um ato da esquerda, mas do povo brasileiro como um todo. Esse ato amanhã é o 27º Grito dos Excluídos e Excluídas, com a participação importante das igrejas, diversas religiões, movimentos sociais, partidos, indivíduos”, disse.
“Então não é algo que foi marcado em contraponto a esse ato chamado pelo ‘anti-presidente’ da República, que ataca sim a democracia brasileira. Ele já estava chamado há muito tempo, e incorporado ao Vacina no Braço e Comida no Prato. A gente traz sim a defesa da democracia e o grito pelo ‘Fora Bolsonaro’ e ‘Fora Genocida'”, prosseguiu Tárcio.
“Temos a questão de acelerar a vacinação. O auxílio emergencial precisa ser mantido em um valor mais elevado e ampliado, a gente tem exigido contra o processo de entrega do nosso patrimônio público, como os Correios, essa ‘deforma’ administrativa que ataca duramente o serviço público. Fazer esse ato amanhã é também lutar por essas bandeiras, que estão sendo atacadas”, respondeu ao ser questionado sobre as bandeiras.
Manifestações em João Pessoa
Na Capital, as manifestações estão programadas para ocorrer em turnos opostos. Os atos liderados por apoiadores de esquerda estão programados para começar às 9h da manhã, na Praça das Muriçocas. Já os atos promovidos pela direita paraibana têm concentração prevista no Busto de Tamandaré, às 15h. No entanto, ambos os grupos políticos planejam atos em outras cidades paraibanas.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba