A presidente Dilma Rousseff e a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, estão reunidas neste momento no Palácio do Planalto e a expectativa é de que a executiva deixe o comando da estatal, nos próximos dias. A situação de Foster à frente da empresa foi se deteriorando ao longo dos últimos meses com o desenrolar da Operação Lava-Jato e tornou-se insustentável após a divulgação do balanço da empresa na semana passada.
Dilma e a cúpula do governo discordaram da divulgação do documento contábil e, principalmente, os desdobramentos posteriores do anúncio. A primeira versão do documento não trazia as perdas da estatal com as denúncias de corrupção. Posteriormente, foi divulgada uma perda de R$ 88,3 bilhões, o que irritou a presidente.
Dilma avaliou o número exagerado, já que as perdas podem significar depreciação natual de ativos, não necessariamente desgastes provocados pelos desvios de recursos da Petrobras. Desde então, a confiança da presidente em Foster declinou, no mesmo ritmo das ações da Petrobras e Dilma escalou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para sondar nomes no mercado para substituir a cúpula da Petrobras.