ONU

Dilma garante que acordo do clima entra em vigor de imediato no Brasil

"O caminho que temos de percorrer agora sera ainda mais desafiador"

dilma ONUA presidente Dilma Rousseff reiterou, em seu discurso durante o encontro para a assinatura do Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas, na sede das Nações Unidas em Nova York, que o Brasil assumirá de imediato o pacto selado no final do ano passado e assinado nesta sexta-feira, dia 22. Ela sinalizou, também, a necessidade de a comunidade internacional criar, em breve, metas ainda mais ambiciosas. Como exemplo, a presidente disse que o fundo anual para combate às mudanças climáticas de US$ 100 bilhões (R$ 360 bilhões), financiado pelos países ricos, deve ser ampliado no futuro.

— Hoje, assumo o compromisso de assegurar a pronta entrada em vigor do acordo no Brasil — prometeu ela, que discursou às 10h35min (horário de Brasília). — Meu país está determinado a implementar ações de mitigação e adaptação. Temos a ambição de alcançar a redução de até 43% de emissões [de gases de efeito estufa] até 2030, tomando como base o ano de 2005. Alcançaremos o desmatamento zero na Amazônia. Recuperaremos 12 milhões de hectares de floresta e 15 milhões de hectares de pastagens degradadas. E todas as fontes de energia limpa terão sua participação aumentada na nossa matriz energética, até alcançar 45% em 2030.

Dilma Rousseff destacou que os maiores desafios ainda estão por vir e que é importante o comprometimento de todos os brasileiros e toda a comunidade internacional para que os objetivos sejam alcançados.

— O caminho que temos de percorrer agora sera ainda mais desafiador: transformar nossas ambições em resultados concretos. Temos de seguir rumo a uma economia menos dependente de combustíveis fósseis — ressaltou a presidente. — Sabemos que os riscos da falta de combate às mudanças do clima recaem em grande parte sobre as populações mais vulneráveis. Essa preocupação deve ser compartilhada por todos nós. Sem a redução da pobreza e da desigualdade, não conseguiremos enfrentar as mudanças climáticas.

Fonte: O Globo