A presidente Dilma Rousseff estuda deixar o PMDB com seis pastas na reforma ministerial. A intenção é reduzir o número de ministros de 39 para 29. O PT perderá a Saúde, que ficará com um deputado federal do PMDB.
Dilma foi aconselhada pelo ex-presidente Lula a anunciar a reforma somente depois de se acertar com todos os partidos aliados.
Será difícil fazer isso até esta quinta-feira, quando a petista viaja para os Estados Unidos para participar da abertura da Assembleia Geral da ONU na sexta.
Mas, se Dilma conseguir fechar as negociações, a reforma ministerial poderá ser anunciada ainda nesta semana.
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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), respondeu a uma questão de ordem da oposição sobre os prazos e os procedimentos para análise de um eventual processo de abertura de impeachment contra Dilma Rousseff.
Cunha disse que, se ele recusar a abertura de um processo, poderá haver recurso ao plenário e a criação de uma comissão. Dessa forma, o assunto poderia vir a ser examinado por todos os deputados.
O clima político em Brasília continua tenso.
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A manutenção dos vetos presidenciais a medidas da chamada “pauta bomba” foi uma vitória parcial da presidente Dilma Rousseff.
É uma ilusão achar que a votação foi uma conquista apenas do governo. A manutenção dos vetos de Dilma se deveu mais à disparada do dólar, que assustou o Congresso Nacional.
Começou no Senado um movimento para barrar projetos que aumentam os gastos públicos e isso convenceu parte da Câmara e da oposição.
O Congresso não quer ser responsabilizado pelo agravamento da crise econômica.
Blog do Kennedy