O deputado estadual Tião Gomes (Avante), apresentou Moção de Aplausos à cidade de Areia, no Brejo paraibano, pelo aniversário de 173 anos de emancipação política, que serão comemorados neste sábado, 18 de maio.
Principal município do Brejo Paraibano, Areia surgiu como povoado em 1625. É a cidade natal do pintor Pedro Américo, do escritor José Américo de Almeida e do Padre Azevedo, inventor da máquina de escrever. Fica a 120 quilômetros da Capital, João Pessoa. Com cerca de 30 mil habitantes é uma pacata cidade do interior e possui vários prédios tombados pelo patrimônio histórico.
Foi na cidade de Areia onde Tião Gomes começou a vida política. Mudou-se para lá aos 18 anos de idade e cursou Engenharia Agrônoma na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Em 1982, foi eleito prefeito do município, e em 1990 elegeu-se deputado estadual pela primeira vez. Desde então, o deputado que já está em seu oitavo mandato vem sendo majoritário na cidade e luta para atender os pleitos da população areiense.
Em sua justificativa, Tião Gomes lembrou um pouco da história do município, ao destacar que em 1648, a expedição em busca de recursos minerais de Elias Herckmans, então governador holandês da Paraíba, percorreu a mando de João Maurício de Nassau a região onde hoje se assenta a cidade de Areia. Depois de certo tempo, em meados do século XVII, desbravadores portugueses percorreram a região, dentre eles Pedro Bruxaxá, que teria se fixado no local à margem do cruzamento de estradas que eram caminho obrigatório de boiadeiros e comboieiros dos sertões com destino à cidade de Mamanguape e à Capital. Dada a amizade que fez com os nativos, ali construiu um curral e uma hospedaria conhecida como “Pouso do Bruxaxá”. A região foi por muitos anos denominada “Sertão de Bruxaxá”.
Com o tempo, entretanto, devido a um riacho que possuía bancos de areia muito brancas, o povoado passou a ser chamado de Brejo d’Areia, já que o lugarejo fica na Microrregião do Brejo Paraibano, região da Paraíba não muito longe do litoral, que recebe os úmidos ventos alísios vindos do Atlântico e possui uma cobertura vegetal de floresta atlântica, hoje em dia reduzida a manchas. Por isso, também chamada de Zona da Mata. O povoado foi elevado à categoria de vila em 30 de agosto de 1818 e, em 18 de maio de 1846, tornou-se cidade.
Com o desenvolvimento da lavoura canavieira na Região do Brejo, no século XIX, a cidade de Areia tornou-se o maior município da região, mas tal proeminência econômica começou desde o século anterior, XVIII, com a precedente lavoura do algodão. A campanha abolicionista no município teve a liderança de Manuel da Silva e Rodolfo Pires, e a cidade libertou o último escravo pouco antes da Abolição da Escravatura em todo o país, no dia 3 de maio de 1888.
Areia participou ativamente das Revoluções do século XIX, tais como a Revolução Pernambucana, em 1817, a Confederação do Equador, em 1824 e a revolta do Quebra-Quilos, em 1873. Areia foi a principal civilização do Alto Brejo paraibano durante o século XIX, final do século XVIII e início do século XX a tal ponto de ter tido o primeiro teatro e a primeira faculdade do Estado, isso atesta um padrão interessante na história de Areia. Hoje, Areia se destaca pelo turismo e pela produção de cachaça, registrando mais de 100 engenhos situados na cidade, umas das fontes da economia do município, sendo também muito rica na produção cultural.
“Por esses e outros motivos, e em nome do povo paraibano e especialmente da população da minha querida Areia, berço de José Américo, justifico meu voto de aplauso”, disse Tião Gomes.
Fonte: Portal do Litoral
Créditos: Portal do Litoral