O deputado federal reeleito Benjamim Maranhão (SDD) disse na tarde desta segunda-feira, 20, que “o decréscimo de sua votação não foi tão grande e mostra que há conteúdo em minha votação, não era apenas a ajuda que Maranhão me dava, ele nunca chegou para me apresentar como nome dele para deputado federal”.
Em entrevista a Rádio Arapuan, ele comparou a ajuda dada pelo tio José Maranhão (PMDB) ao apoio dado pelo senador Cássio cunha Lima (PSDB) ao filho Pedro, eleito pela primeira vez para a Câmara Federal. Ele afirmou que as pessoas sempre souberam do parentesco, mas nunca houve uma verbalização desse apoio, “as campanhas sempre foram feitas de forma autônoma e isso é muito bom, muito importante”, destacou.
Ele disse que sua liderança foi posta à prova após o rompimento com o ex-governador Maranhão, mas teve um bom resultado. “Ninguém me viu com postura agressiva em relação ao senador, fiz minha campanha autônoma, mas votamos nele na região de Araruna, e por uma razão muito simples, se nós tínhamos um candidato da cidade não havia motivo para votar em outro candidato”, declarou.
O parlamentar disse que os votos de seus familiares e apoiadores em Maranhão aconteceram independente de perseguição sofrida por aliados seus durante a campanha para o primeiro turno das eleições, “apesar de tudo, eu mantive a dignidade durante a campanha, mantive o equilíbrio e não me arrependo, todas as decisões que tomei foram maduras, eu mantive a coerência com tudo o que disse, eu não saí por aí desdizendo tudo que disse anteriormente, não mudei o meu discurso”, criticou.
Ele pontuou que sua postura é clara e reafirmou que se mantém na oposição ao governo estadual. Além disso, ele citou vários motivos negativos sobre a gestão da Paraíba.
Indagado sobre a reforma política brasileira, Benjamim afirmou que esteve em Brasília na semana passada e informou que circula no Congresso um requerimento para convocação de um plebiscito para as mudanças necessárias à política. Benjamim posicionou-se contrário à reeleição e justificou dizendo que é contra a perpetuação de partidos no poder, “eu acredito que o fim da reeleição seja um avanço muito grande, e temos que começar a amadurecer o voto distrital, houve muita invasão de áreas nesta eleição, o voto distrital vai diminuir isso”, enfatizou.
“Quando você chega em uma área como eu fui à Santa Terezinha acompanhado de uma pessoa da região é normal, mas como aconteceu em Damião, que apareceu uma pessoa com 300 votos ou pouco mais que isso, se você analisar, o único que tem atuação lá sou eu, mas houve um fatiamento, teve candidato do sertão que foi bem votado no litoral do estado”, disparou.
Ele afirmou que a campanha foi difícil e classificou como “guerra de gigantes”. O deputado agradeceu os votos recebidos e afirmou que teve boa votação mesmo em cidades que não compõem sua base aliada, mas com uma boa campanha feita pelos aliados conseguiu a vitória no pleito.
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