Advogado de carreira, o deputado estadual Jeová Campos (PSB) comentou, nesta terça-feira (23), o julgamento do recurso apresentado pelo ex-presidente Lula sobre o caso do triplex no Guarujá. Para o socialista, não é possível condenar uma pessoa sem provas.
“A prova que o ilícito existe é fundamental para que alguém seja responsabilizado e condenado. Ora, como é que Lula é o dono deste tríplex do Guarujá, se esse imóvel foi penhorado agora para pagar uma dívida da Construtora OAS?”, questionou o deputado, lembrando que a penhora aconteceu, justamente, porque o empreendimento continua no nome da OAS e pertence a ela.
De acordo com Jeová, existe uma prova sim, mas que inocenta Lula. “A prova que existe inocenta o ex-presidente que é o registro no cartório de imóveis da cidade de Santos, onde consta que o apartamento em questão pertence a OAS e não a Lula, ou seja, a prova é a favor de Lula e não contra ele”, argumentou o parlamentar.
Ainda de acordo com Jeová, ainda que não houvesse essa prova em favor do réu, mesmo assim o juiz não poderia condená-lo porque teria que levar em consideração a existência do crime, a prova do crime e a definição da autoria do crime e não existe o crime, porque Lula não recebeu vantagem indevida. “Então eu pergunto: Cadê a prova Sr. Juiz Sergio Moro? Essa é a pergunta que o país inteiro quer fazer e vai cobrar a resposta amanhã”, afirmou o socialista.
“O meu mandato está completamente solidário a Lula e a Democracia brasileira, pois nós não podemos aceitar um gesto de tirania, um golpe que está sendo dado pelo Judiciário. Isso é matar e ferir de morte a Democracia. Viva a Democracia, Viva a liberdade de Lula. E viva eleições limpas. Não existe eleições limpas sem Lula candidato”, acrescentou Jeová.
Saiba mais
O julgamento do recurso de ex-presidente Lula acontecerá nesta quarta-feira (24), a partir das 7h30 (horário da Paraíba). O caso será analisado e decidido por três desembargadores do TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região, em Porto Alegre (RS), responsável pelos processos de segunda instância relacionados com a Operação Lava Jato.
Fonte: Paraíba Já
Créditos: Paraíba Já