O Centrão – grupo de 13 partidos da base aliada liderados por PP, PSD, PTB e PR – vai buscar o apoio do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ao candidato do bloco à presidência da Câmara dos Deputados. Dentre os postulantes à presidência da Câmara marcada para o início de fevereiro de 2017, está segundo o jornal Correio Braziliense desta sexta-feira (11) o deputado federal paraibano Aguinaldo Ribeiro (PP) que é o líder do partido na Casa.
O grupo aposta na disputa interna no PSDB entre o tucano paulista e o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do partido, para atrair o apoio do governador. Líderes do Centrão já procuraram interlocutores de Alckmin para marcar um encontro com o governador após ele voltar da viagem aos Estados Unidos. O objetivo é fazer um gesto para mostrar ao tucano que o grupo está disposto a negociar com ele a sucessão na Câmara. Embora tenha pouca influência sobre a bancada do PSDB, Alckmin tem uma boa relação com vários deputados da bancada de São Paulo, a maior da Casa, com 70 deputados.
A eleição para a presidência da Câmara está marcada para o início de fevereiro de 2017. No Centrão, os nomes mais cotados são os dos líderes do PTB, Jovair Arantes (GO); do PSD, Rogério Rosso (DF); e do PP, Aguinaldo Ribeiro (PB). Do grupo da antiga oposição, têm interesse na disputa o líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), e o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), além de Maia.
O governador paulista foi considerado o grande vencedor das eleições municipais deste ano. Ele patrocinou e conseguiu eleger no primeiro turno João Doria (PSDB) para Prefeitura de São Paulo, maior cidade do País. Além disso, tem influência sobre muitos prefeitos do interior de São Paulo, não só do PSDB, mas de outros partidos, como o PSB, que atualmente ocupa a vice-governadoria de São Paulo, com Márcio França.
Líderes do Centrão minimizam a declaração de Alckmin, que, no último sábado, 5, defendeu publicamente a reeleição de Maia como uma “solução natural” para Câmara. Para eles, o discurso do governador não significa que ele não possa vir a apoiar um candidato do grupo. Dizem que, para o tucano, o importante é não ter um presidente da Câmara ligado ou com grande interlocução com Aécio. Lembram ainda que a eleição para presidente da Câmara é secreta, o que faz com que Alckmin não precise declarar apoio público.
Créditos: PB Agora com Correio Brasiliense