O deputado estadual Jeová Campos (PSB) externou, na manhã desta sexta-feira (14) seu total apoio à greve geral contra as medidas do Governo federal, entre elas, a proposta de reforma da previdência e os cortes nas verbas das universidades públicas. O parlamentar lembrou que as iniciativas do governo Bolsonaro só aumentarão a miséria no país, tendo em vista o modelo já experimentado pelo Chile e que empobreceu os aposentados do país. Jeová, que é professor de Direito da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), campus de Sousa, também destacou apoiar a luta de estudantes, pesquisadores e toda a comunidade acadêmica contra a contenção de recursos destinados às universidades e institutos federais em todo o país.
“Nosso mandato sempre esteve e estará na luta em defesa das universidades, institutos federais, estudantes e de todo o conjunto de trabalhadores deste país. É preciso o Brasil encontrar um novo caminho porque o caminho de Bolsonaro é só privatização, o reforço do poder dos bancos e o aumento da miséria no conjunto da classe menos favorecida da população brasileira”, comentou o deputado, acrescentando que o Governo Federal pretende acabar com um dos maiores sistemas de proteção do trabalhador no Brasil. “Não podemos deixar que isso aconteça”, concluiu.
Vale lembrar que no modelo de reforma da previdência proposto por Bolsonaro, o atual sistema de proteção social solidária seria substituído por um regime de capitalização individual, que aponta o fim da contribuição de empresas e de governos, e restando o aporte de recursos apenas do trabalhador. Além disso, outra mudança é estabelecer em 65 anos a idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres, e em 40 anos o tempo mínimo de contribuição para aposentadoria integral.
Durante toda esta sexta-feira (14), entidades de classe de todo o país conclamam servidores públicos, professores, estudantes, profissionais liberais e toda a classe de trabalhadores a pararem suas atividades em apoio à greve geral contra essa mudança e com o objetivo de barrar a reforma da Previdência. Essa é a segunda paralisação nacional. A primeira contra a reforma, ocorreu ainda no governo Temer, quando o texto foi descartado após a Greve Geral Nacional que parou o Brasil no dia 28 de abril de 2017.
“O governo brasileiro inspirou-se em modelo semelhante de previdência implantado no Chile pela ditadura de Augusto Pinochet, nos anos 1980. Segundo especialistas, a reforma chilena transformou adultos de classe média em idosos pobres em face à redução de cerca de 65% da renda dessas pessoas quando se aposentaram. Isso aumentou os índices de suicídio no país nessa faixa etária. É isso que queremos para o Brasil? É isso que o trabalhador brasileiro merece?”, questiona Jeová, lembrando que a única forma da população barrar esses absurdos é indo para a rua protestar. “O povo unido, jamais será vencido. Vamos às ruas, vamos à luta”, finalizou ele.”
Fonte: Assessoria
Créditos: Assessoria