O deputado federal Luiz Lima (PSL-RJ), que integrava o grupo de deputados que, a pedido de Jair Bolsonaro, anunciou deixar o PSL para se filiar ao Aliança Pelo Brasil, desistiu de migrar para o futuro partido do presidente. Segundo ele, a oficialização da legenda política “está muito longe de ser resolvida” e não acontecerá “nem em curto e nem em médio prazo”. No comunicado, compartilhado no grupo de WhatsApp do Aliança, Lima demonstrou preocupação com a proximidade das eleições municipais, previstas para novembro deste ano. Após a mensagem, o parlamentar saiu do grupo.
“Desde o início, desconfiei do cronograma que nos foi ‘vendido’ para a constituição do Aliança. Mas, em nenhum momento, hesitei em abraçar o desejo do nosso Presidente Bolsonaro”, disse. Em seguida, completou: “Para mim, que não tive qualquer problema com o PSL, foi até constrangedor virar as costas para o partido, que me abriu as portas para disputar as eleições de 2018 (…) A situação do Aliança está muito longe de ser resolvida. Isso não vai acontecer em curto, nem mesmo em médio prazo”, escreveu Lima, que disse continuar sendo um aliado de Bolsonaro.
O parlamentar também expressou preocupação com a proximidade das eleições para justificar a desistência de se filiar ao Aliança:
“Nós precisamos resolver as nossas vidas, eu preciso, pelo menos. Eu tenho atuação local, na rua, nos pequenos municípios. A eleição municipal chegou, preciso botar nossos candidatos nas ruas, com estrutura, com apoio”.
O imbróglio jurídico envolvendo a criação do Aliança também é explorado pelo PTB para atrair deputados do PSL e demais bolsonaristas que, hoje, estão sem partido.
Fonte: O Globo
Créditos: O Globo