Deputada federal

“Bolsonaro sempre se preocupou com a saúde e com o emprego, tem que ter tratamento precoce”, diz Bia Kicis

Em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan, nesta segunda-feira (26), a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados falou sobre vários temas, entre eles, CPI da pandemia, voto impresso, as eleições de 2022, condução da pandemia, entre outros assuntos.

Bia foi perguntada sobre uma certa “diferença” no olhar entre Senado e Câmara dos Deputados no tocante à pauta “CPI da Pandemia”. Enquanto o Senado vai seguir o protocolo e instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito, deputados federais são contrários às investigações que serão feitas pelos senadores. Por exemplo, nesta segunda, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), chegou a afirmar que a instalação é uma “perda de tempo”.

Bia disse que a grande maioria da Casa, com exceção da oposição, entende que não é o momento de se instalar uma CPI, no que chamou de uma “picuinha” política dos deputados oposicionistas.

“Nós não temos como nos incluirmos no trabalho do Senado, uma casa independente. Uma grande maioria dos deputados, tirando, claro, a oposição e um ou outro que se uniu à oposição, querem desgastar o presidente politicamente. A grande maioria da Casa entende que não é o momento para esse tipo de picuinha política”, respondeu.

Voto impresso

Tema bastante discutido na política nacional e defendido pelo presidente Bolsonaro e aliados, o voto impresso também foi pauta da entrevista. Perguntada sobre a “insegurança” que alguns políticos acusam no atual sistema de votação do Brasil, com urnas eletrônicas, Bia falou que a solução seria uma atualização nas urnas, e que fosse possível ser impresso o voto para a confirmação do mesmo. Ela defendeu também que a contagem dos votos seja pública.

“Eu trabalho na questão jurídica, o direito do eleitor brasileiro, assim como o eleitor do resto do mundo tem, de ter uma eleição auditável, que permita recontagem se for necessário […]. Desde 2014 eu acompanho esse assunto, indo ao TSE, acompanhando auditores independentes que fazem auditorias e todos concluem que essa nossa urna não tem a segurança que querem nos passar”, disse.

“A nossa urna é a mais antiquada. Ela só não é mais antiquada que o voto no papel, que não é o que a gente quer trazer de volta. Na Argentina, por exemplo, eles estão na urna de terceira geração, e nós na de primeira, que não tem a impressão do voto para o eleitor, não permite auditagem, e por isso foi rechaçada no resto do mundo. Nós estamos querendo partir para uma urna de segunda geração, que você vota digitalmente e tem uma impressora ao lado que vai imprimir ao voto, e o eleitor confere […]. Sem urna auditável, como é que você convence o perdedor de que ele perdeu?”, emendou.

A deputada acredita que as eleições de 2022 caminham para a polarização entre o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Lula (PT). Ela disse que pode haver sim uma “terceira via”, contudo, esse nome não teria votos suficientes para alcançar Lula ou Bolsonaro.

Uso de Máscaras

A deputada é autora de um Projeto de Lei (PL) que desobriga o uso de máscaras de proteção individual, fundamental para diminuir a contaminação do novo Coronavírus, ao ar livre, tornando-o facultativo. Ela justificou o motivo do projeto: a parlamentar disse que existem estudos que comprovam a eficácia do equipamento, mas outros que não. Ela citou também alertas de cardiologistas de que é perigoso usar a máscara ao fazer exercícios ao ar livre de máscara, por exemplo.

“Você educa a população, em vez de forçar ao caminhar em um parque, ao ar livre, usando máscara. Isso faz mal. Hoje assisti um vídeo de um médico dizendo que é uma insanidade uma pessoa, ao ar livre usar, máscaras. As máscaras devem ser usadas em ambientes fechados. O que eu sou contra é você obrigar, multar, prender, uma pessoa que está na rua sem usar máscaras. Isso é um absurdo, um abuso”, argumentou.

Presidente da CCJ

Alvo de críticas nas redes sociais e também por deputados na Casa após ser escolhida como presidente da principal comissão da Câmara dos Deputados, a de Constituição e Justiça, Bia disse que os ânimos já foram acalmados e que tem feito um trabalho “democrático”.

“Eu tenho atuado de forma muito democrática, aliás, acho que mais do que democrática. Eu fui uma pessoa que tem ouvido muito, conversado bastante, dando mais atenção e espaço do que precisaria […]. Eu acho que estamos caminhando bem”, respondeu.

Vacinação

A deputada elogiou o trabalho de vacinação contra a Covid-19 coordenado pelo ministério da Saúde e, consequentemente, governo federal, citando as forças armadas no trabalho.

“Estamos chegando a dois milhões de vacinados por dia, um trabalho hercúleo, o exército entrou para ajudar. Não é um trabalho fácil, um país do tamanho do nosso, continental, mas o governo está se dedicando a isso, de corpo e alma. O que entristece a gente é ver que metade das vacinas distribuídas não foram ainda aplicadas”, disse.

A deputada criticou governadores e prefeitos por, segundo ela, terem “só” fechado comércios, “perseguir trabalhador”, em seus decretos de enfrentamento à disseminação da Covid-19, enquanto que, o presidente, na sua visão, “sempre se preocupou com a saúde e com o emprego”. Na fala a deputada defendeu o uso do tratamento precoce contra a doença.

“Bolsonaro sempre se preocupou com a saúde e com o emprego. Acho que essa é a única coisa sã e lúcida de se fazer. Trabalhar que as pessoas recebam a vacina, o tratamento precoce […]. Tem que ter vacina, tem que ter tratamento precoce e o respeito ao emprego e à sobrevivência das pessoas que precisam trabalhar para botar comida na mesa”, finalizou.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba