O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB) renunciou nesta quinta (7) à presidência da Câmara que ele já não exercia desde 5 de maio. Agora, o ex-todo-poderoso que articulou o impeachment da presidente Dilma Rousseff deverá perder o mandato. Depois dele, será a vez do interino Michel Temer (PMDB) ser defenestrado do cargo que não lhe pertence.
Cunha, sempre ajudado pelo comparsa Temer, manobra ainda para fazer o sucessor na Câmara. Isso é a conditio sine qua non para que ele mantenha o mandato de deputado (sempre com a ajuda de Temer). Para isso, o deputado afastado tenta antecipar a eleição para a escolha do novo presidente da Casa.
A luta para definir o futuro presidente Câmara é uma guerra à parte que constitui o drama político inteiro vivido pelo país.
Passada essa fase, aí será a vez tirar Michel Temer de lá. Ele se agarra ao cargo tal qual faz agora seu comparsa Cunha. “Temer é Cunha e carne com a corrupção”, como se diz nas redes sociais e nas investigações da Lava Jato.
Segundo o senador Roberto Requião (PMDB-PR), mosqueteiro da luta democrática, Dilma “seguramente” conseguirá os votos necessários para barrar o impeachment no Senado.
Fonte: Esmael Morais