As denúncias de assédio eleitoral dentro de empresas cresceram 857,7%, após o 1º turno das eleições 2022. Até o dia 2, eram 45 informações de ilícitos ao Ministério Público do Trabalho (MPT). Hoje, a quantidade chega a 431.
A velocidade e a naturalidade com a qual as empresas têm atuado levou integrantes do MPT e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a se reunirem nesta quarta-feira, (18). O objetivo maior é coibir o crime eleitoral, a coação e o exercício dessa prática, chamada de “nefasta” pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes.
O procurador-geral do Trabalho José de Lima Ramos Pereira conversou com jornalistas, na sede do TSE, e afirmou que a temática é preocupante, pois os números batem todos os recordes. “Para se ter uma ideia, em 2018, foram 212 denúncias envolvendo 98 empresas. Em 2022, duas semanas antes do segundo turno, nós estamos já com 431 denúncias envolvendo mais de 400 empresas. A tendência de alta é evidenciada”, ressaltou Ramos.
Ele frisa que o aumento das ocorrências deve-se à banalização do que é ilícito. “Ficou evidenciada a banalização. Empregadores oferecem bônus para os empregados em suas folhas de pagamento por apoiar determinado candidato. E isso não é só em uma empresa. Precisamos combater o assédio eleitoral”, alertou.
Crime
Na última semana, Moraes ressaltou que “é inadmissível, em pleno século 21, que empregadores pretendam coagir o empregado em relação ao seu voto”.
O ministro ressaltou que esse tipo de assédio “é crime” e que será combatido: “Precisamos coibir essas práticas nefastas”.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Metrópoles