‘Democracia’ e ‘Direitos humanos’ são algumas das palavras mais repetidas no debate político no Brasil, seja nas redes digitais, no meio acadêmico ou em cartilhas de partidos. São lemas que ganharam impulso e boa adesão após os excessos praticados pela ditadura militar brasileira. As discussões políticas nacionais, no que tange ao aspecto internacional, no entanto, mostram que o apreço de parte dos brasileiros pela democracia não passa de uma mentira.
Não são raros os brasileiros que têm se mostrado favoráveis ao regime ditadorial de Nicolás Maduro, que tem massacrado cada vez mais o povo da Venezuela. Essa crítica foi levantada pelo jovem venezuelano Alexander Moreno, de 21 anos de idade, durante entrevista concedida a este jornalista, no programa Arapuan Verdade, do Sistema Arapuan de Comunicação.
Alexander fugiu da Venezuela, juntamente com sua mãe, depois que participou de protestos contra Nicolás Maduro e passou a ser considerado ‘terrorista’ e ‘traidor da pátria’ pelo Governo. Filho e mãe fugiram do país e viveram na clandestinidade na Colômbia e no Equador, antes de serem trazidos para Campina Grande com a ajuda de um Frade Franciscano, no início de 2018. Você pode ouvir a história completa no final do texto.
Alexander Moreno ficou indignado ao assistir pela televisão a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, participar da posse ilegal do ditador Nicolás Maduro, no começo de janeiro. Sem nenhum pudor,a ex-senadora que tanto exaltou a ‘democracia’ durante o impeachment constitucional da ex-presidente Dilma Rousseff, fez vistas grossas à situação do país vizinho.
Para se ter uma ideia do absurdo, a Anistia Internacional mostrou, em setembro do ano passado, que o Estado Venezuelano foi responsável por mais de 8,2 mil execuções extrajudiciais, à revelia da lei. O número representa 18 vezes mais do que as mortes registradas na ditadura militar brasileira.
De acordo com a Anistia Internacional e a Organização das Nações Unidas (ONU), a ditadura de Maduro prende arbitrariamente opositores políticos, sem julgamentos ou provas, como tentou fazer recentemente com o presidente da Assembleia Nacional e presidente interino do país, Juan Guaidó.
Sem falar na crise política, o país enfrenta uma hiperinflação e um desabastecimento graves. A fome, a miséria e a desnutrição são realidade da grande maioria do povo venezuelano. Como em todo regime socialista, só os integrantes do governo prosperam e comem caviar e outras iguarias, enquanto o povo empobrece miseravelmente.
Infelizmente, nem a Anistia Internacional ou a imigração em massa de Venezuelanos para os países vizinhos são capazes de sensibilizar o coração de alguns poucos brasileiros. Eles continuam cegos. Idolatram Cuba, financiam ditaduras africanas. Defendem até Coreia do Norte. Culpam os Estados Unidos pelo caos na Venezuela. Sempre há uma desculpa para defender o totalitarismo.
Isso nos faz colocar em suspeição esse discurso em defesa da ‘democracia’ e dos ‘direitos humanos’ que alguns partidos políticos pregam no Brasil. Há que se perguntar: que democracia é essa? Que Direitos Humanos são esses? Esse tipo de discurso precisa ser repelido com todo vigor pelos brasileiros que amam a paz e a liberdade, tanto os coxinhas quanto os petistas e os centristas. É preciso dizer com todas as letras: Nicolás Maduro é um ditador e quem o defende flerta com o fim da democracia.
Confira abaixo a história completa contada pelo estudante Alexander Moreno, venezuelano refugiado no Brasil.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba