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DEM e PSL cogitam fusão para ganhar fôlego nas eleições de 2022

O GLOBO — Na tentativa de posicionar os partidos para as eleições presidenciais de 2022, dirigentes do DEM e do PSL avançaram uma casa na rodada de negociações para a fusão entre as legendas. A expectativa é que o DEM discuta o tema com seus principais quadros em uma reunião da Executiva Nacional nas próximas semanas — dirigentes da sigla listam as vantagens dessa união a fim de convencer outras lideranças a aceitá-la.

Com 28 deputados federais, o DEM calcula dobrar de tamanho caso se junte ao PSL, que hoje tem 53 parlamentares na Câmara. A previsão é que metade desses 53 deixe o PSL na janela aberta com a união entre as legendas. Ainda assim, o novo partido espera manter a maior bancada da Casa. Hoje, PSL e PT dividem esse posto, com 53 deputados federais cada um.

As negociações para a fusão visam a construir um partido forte, com mais recurso financeiro e tempo de televisão para as eleições presidenciais de 2022. A avaliação de dirigentes que defendem a junção é a de que o novo partido possa, inclusive, lançar candidatura própria ao Palácio do Planalto. O nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que cogita trocar o DEM pelo PSD, chegou a ser defendido no PSL como opção de terceira via rumo à Presidência.

O DEM tem ainda em seu quadro o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS). Primeiro titular da Saúde do governo do presidente Jair Bolsonaro, ele deixou o governo após embate com o presidente por discordar da condução das medidas de proteção para combater a pandemia de Covid 19, que já fez mais de 580 mil vítimas no país. As primeiras coletivas de imprensa conduzidas por Mandetta no início da pandemia ajudaram a popularizar seu nome como médico preocupado em impedir mortes pelo coronavírus.

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Fonte: O GLOBO
Créditos: O GLOBO