A Operação Calvário chegou para investigar até os membros do Tribunal de Contas do Estado. Na mira da investigação ficaram 4 conselheiros e a esposa do atual presidente da casa.
Todos ex-presidentes do Tribunal de Contas da Paraíba, os conselheiros Arthur Cunha Lima, Nominando Diniz e André Carlo Torre Pontes foram os alvos dos mandados de busca e apreensão da Polícia Federal, em 17 de dezembro, na sétima fase da Operação Calvário. A PF esteve na residência dos três e apreendeu celulares e computadores. Arnóbio Viana e Georgiana Cruz foram citados em delação da ex-secretária Livânia Farias.
André Carlo Torre Pontes
Após os mandados de busca e apreensão o conselheiro não foi afastado das funções.
Nominando Diniz e Arthur Cunha Lima
O Superior Tribunal de Justiça afastou por 120 dias Nominando Diniz e Arthur Cunha Lima. As investigações apontaram que a organização criminosa chefiada pelo ex-governador Ricardo Coutinho contava com o apoio de ‘parcela veemente dos conselheiros do TCE, no sentido de encobrir, ocultar e, em determinadas situações, potencializar as condutas delituosas, exercendo, segundo o Parquet, ‘papel central’ no ‘modelo de negócio’ da empresa criminosa’.
O conselheiro Arthur Cunha Lima foi citado pela ex secretária Livânia Farias. Ela disse durante delação premiada que quando Arthuzinho Cunha Lima, filho do conselheiro, achou pouco o valor de um repasse de propina usou a influência do pai para retaliar. Arthur Cunha Lima teria assinado uma liminar que proibia que a Secretaria de Educação fizesse um pagamento para a empresa envolvida no esquema.
O conselheiro e presidente de Contas Arnóbio Viana disse: “O Tribunal de Contas da Paraíba afirma a disposição de colaborar e, assim, de oferecer meios, informações e equipamentos que se façam necessários às investigações.”
Arnóbio Viana e Georgiana Cruz
Livânia Farias, também delatou que Georgiana Cruz, esposa do conselheiro Arnóbio Viana, presidente TCE. Segundo Livânia, Georgiana pediu R$50 mil para que auditores aprovarem contas de Ricardo Coutinho.
O conselheiro Arnóbio Alves Viana, divulgou nota defendendo o andamento das investigações da Operação Calvário. No texto, ele diz que os responsáveis por irregularidades devem ser punidos e que as investigações devem seguir ocorrendo “doa a quem doer”.
“[Reitero] total e irrestrito apoio às investigações em curso, pugnando pela celeridade e efetiva punição a todos quantos tenham praticado delitos em desfavor da sociedade paraibana, doa a quem doer”, afirmou.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba