O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque arrolou como testemunha de defesa em processo da Operação Lava-Jato o ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, e outros 32 funcionários da companhia. Duque é acusado em mais uma ação da Justiça Federal por lavagem de dinheiro e corrupção em esquema para pagamento de propinas na Petrobras.
O ex-diretor da estatal negou as acusações e sugeriu a convocação dos ex-colegas de trabalho. A expectativa é que os funcionários da companhia atestem não ter havido “interferência nos procedimentos licitatórios da Petrobras para beneficiar empresas concorrentes”, ou ter participado de desvios de recursos vinculados a atividades da estatal.
Uma das testemunhas arroladas pelo ex-diretor da Petrobras mora em Houston, nos Estados Unidos, o que levou o juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Lava-Jato, a determinar que os advogados do ex-dirigente justifiquem “a imprescindibilidade de sua oitiva, no prazo de 5 dias”.
Gabrielli já havia sido convocado, em outro processo, em março deste ano, como testemunha pelas defesas do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e do ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, também réus da Operação Lava-Jato.
Na ocasião, o ex-presidente da Petrobras falou por meio de videoconferência, na Bahia, que não conhecia Fernando Soares. O depoimento durou apenas 25 minutos. Questionado pela defesa de Cerveró sobre a compra de navios-sonda, cujas condições foram investigadas pelas autoridades, ele afirmou que a aquisição era necessária porque “novas descobertas exigiam novas atividades”.
O Globo