Bipolar

Defensor de voto aberto contra Delcídio, Aécio Neves mudou de postura

Ninguém melhor para dizer se a votação para manter Aécio Neves afastado do mandato e  “de castigo” nas noites dentro de seu confortável apartamento em Brasília do que ele próprio.

Ninguém melhor para dizer se a votação para manter Aécio Neves afastado do mandato e  “de castigo” nas noites dentro de seu confortável apartamento em Brasília do que ele próprio.

E ele diz, com todas as letras, que deve ser aberta. Mas isso foi, claro, no caso de Delcídio do Amaral. Embora eu concorde com a opinião do jornalista Luis Costa Pinto de que voto secreto não é garantia de voto a favor.

Diz ele que sabe de “2 tucanos e 2 peemedebistas que adorariam trair secretamente Aécio, e talvez 1 pessedista”. Não é difícil adivinhar que a parcela tucana que quer desembarcar do governo Temer possa votar assim, sem o constrangimento de assumir um voto nominal diante do formalmente “colega”.

O que pode salvar Aécio são dois fatores. Primeiro, a pressão de Temer, que não quer perder um dos principais anzóis que mantêm fisgados os tucanos a seu governo. A João Dória interessaria também, mas ele não tem senadores e, a essa altura, já corre o risco de nem ter seus Kinzinhos (cansei de rolar a página do facebook do MBL e nem um “dorinha” por lá, antes arroz-de festa). O segundo fator é a autoproteção do punhado de senadores que responde a processos no STF que, com razão, acham que dificilmente a corte emitirá outra ordem destas para ser derrotada no plenário do Senado.

Fonte: Tijolaço