A vereadora de João Pessoa, Eliza Virgínia (PP), foi alvo de uma nota de repúdio emitida pelo Conselho Regional de Psicologia (CRP-13). O motivo, a galhofa contada durante entrevista à rádio Arapuan, onde ensinou a curar depressão com o oferecimento de uma arma para que a pessoa cometa suicídio. O comportamento da parlamentar, eu nem precisaria dizer isso, é incompatível com o exercício parlamentar. É inegável que ela quis fazer “graça”, jogar para a galera, ao falar de um problema crônico, que acomete lamentavelmente cada vez mais pessoas.
Todos os que conhecem alguém que sofreu de depressão, sabe que ela não é curada com galhofa ou grosseria. O problema é de saúde pública. Na nota, o CRP-13 lembra que as declarações foram feitas no dia 10 de outubro, quando se comemora o Dia Mundial da Saúde Mental. Na entrevista, a parlamentar tratou com desdém os casos de pessoas que precisam de ajuda profissional. “Um amigo meu uma vez ligou pra mim dizendo que queria se matar. Eu disse se mate, vá, quer que eu lhe dê uma arma?”, questionou Eliza na entrevista.
Ela disse ainda na época que deu uma bronca tão grande no amigo que ele se livrou da depressão rapidinho. O tom foi modificado nesta segunda-feira (14), após a nota do Conselho de Psicologia. “Como eu disse na entrevista, eu não sou psicóloga, eu tento ajudar as pessoas que me procuram pela experiência que eu tenho, mostrando a realidade da vida. A vida é sofrida para todo mundo. Todo mundo passa por provações, todo mundo passa por dificuldades. Então é assim, infelizmente, o Conselho de Psicologia me deu uma nota de repúdio com base em uma manchete jornal”.
“REPUDIAMOS as referidas declarações da representante do povo, Vereadora Eliza Virgínia, as quais desrespeitam o sofrimento humano e podem ter implicações graves nos já elevados índices de tentativas de suicídio na nossa sociedade”, diz a nota do Conselho de Psicologia.
Fonte: Jornal da Paraíba
Créditos: Jornal da Paraíba