O presidente do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), Dr. Roberto Magliano, declarou apoio à proposta do presidente eleito Jair Bolsonaro de criar a revalidação do diploma para os médicos cubanos e fazer o repasse integral do salário aos médicos aprovados para atuar no Brasil. A manifestação acontece depois que o governo de Cuba decidiu desistir do programa ‘Mais Médicos’. De acordo com dados disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde, 134 profissionais daquele país trabalham em 70 municípios paraibanos.
À reportagem do portal Polêmica Paraíba, na tarde desta quarta-feira (14), Magliano disse que o CRM vê com ‘satisfação’ e ‘preocupação’ o fim do Mais Médicos no país. ‘Preocupação porque existe uma desassistência na saúde, particularmente no interior, e é claro que esse programa foi uma tentativa desastrada de resolver esse problema. Desde o começo o CRM se colocou à disposição das autoridades para resolver essa situação’, disse.
Magliano afirmou que não há segurança para afirmar que todos os cubanos que estão no país são médicos capacitados, e acrescentou que apoia a proposta do presidente eleito Jair Bolsonaro de fazer uma revalidação dos diplomas desses profissionais, além de conceder asilo para que eles continuem atuando, caso seja interesse deles.
‘A nossa preocupação é que para se fazer esse tipo de assistência, coloquem pessoas com qualificação. A saída apontada por Bolsonaro trouxe um certo alívio, e a gente espera que o governo de Jair Bolsonaro aproveite para contratar médicos brasileiros’, opinou Magliano. Ele também defendeu a criação de uma carreira de Estado para os médicos, como acontece com os juízes, a fim de incentivar que os profissionais iniciem suas as carreiras no interior.
Conforme Magliano, médicos brasileiros que trabalham no interior enfrentam falta de estabilidade e insegurança no trabalho. ‘Seria importante para o país e para a Paraíba que o governo colocasse os médicos no interior, trabalhando com estabilidade e segurança’, defendeu.
Magliano ponderou, entretanto, que o CRM não faz discriminação com cidadãos de outros países. ‘Não somos contra cidadãos de outros países, mas do mesmo jeito que o médico brasileiro é testado em outro país antes de exercer a profissão, do mesmo modo os médicos cubanos precisam fazer provas de acordo com os critérios brasileiros’, destacou.
O CRM não tem informação sobre quantas cidades ficarão desassistidas caso o governo brasileiro não encontre uma solução para o problema que se instalou no país após o cancelamento do ‘Mais Médicos’. Dados recentes, fornecidos pelo Governo do Estado, mostram que há cerca de 134 cubanos exercendo a medicina em pelo menos 70 municípios paraibanos.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba