Crise ampliará espaço do PMDB no Governo

A crise política abrirá espaços para o PMDB na primeira reforma ministerial do Governo da presidente Dilma Rousseff. As mudanças irão ser realizadas nos próximos dias e, com a troca de nomes, o Palácio do Planalto quer fortalecer o PMDB como principal aliado do Governo no Congresso Nacional. Após as manifestações do último domingo, a presidente Dilma decidiu apressar a reforma ministerial.

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Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação/Instituto Lula
A crise política abrirá espaços para o PMDB na primeira reforma ministerial do Governo da presidente Dilma Rousseff. As mudanças irão ser realizadas nos próximos dias e, com a troca de nomes, o Palácio do Planalto quer fortalecer o PMDB como principal aliado do Governo no Congresso Nacional. Após as manifestações do último domingo, a presidente Dilma decidiu apressar a reforma ministerial.

Aconselhada pelo ex-presidente Lula, com quem ela deve se reunir nesta terça (17/03), a mexida em áreas específicas do primeiro escalão terá como principal objetivo dar mais espaço ao PMDB e garantir o apoio do partido às medidas do ajuste fiscal.

Dilma, porém, está sendo pressionada a ser mais ousada e fazer uma mudança mais ampla, trocando também nomes do seu grupo pessoal, entre eles Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Pepe Vargas (Relações Institucionais).

A presidente, porém, não está convencida de que precisa tirar Mercadante do Planalto. Na semana passada, ela negou oficialmente rumores nesse sentido.

Aliados sugerem que Dilma substitua Mercadante por Jaques Wagner (Defesa), ministro que vem desempenhando o papel de articulador político da petista em missões especiais.

O atual ministro da Casa Civil poderia voltar para a Educação, hoje sob comando de Cid Gomes (Pros-CE), que está fragilizado desde que entrou em atrito com a Câmara dos Deputados ao afirmar que na Casa existem cerca de 400 achacadores.

Em conversas reservadas, Dilma disse a interlocutores que está disposta a entregar o comando do Ministério da Integração Nacional, hoje na cota do PP, ao PMDB.

O atual ministro Gilberto Occhi pode ser substituído pelo ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) ou por outro peemedebista a ser indicado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Alves, neste caso, seria nomeado para ocupar o Ministério do Turismo, hoje comandado por um apadrinhado de Renan, Vinicius Lages.

Na articulação política, Dilma foi aconselhada por Lula a não nomear novamente um petista para o lugar de Pepe Vargas.

Uma das possibilidades é indicar também um peemedebista, como o ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil), ou Aldo Rebelo, do PC do B e hoje no Ministério de Ciência e Tecnologia.