O deputado estadual Anísio Maia (PT), que propôs a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Energisa (CPI do Fio Preto) na Assembleia Legislativa da Paraíba, disse que vai voltar a discutir o assunto, logo após a visita do ex-presidente Lula à Paraíba, neste domingo (19). “Nunca vi se arquivar denúncia achando indício de crime”, disse Anísio Maia.
Anísio Maia informou que está se preparando para a retomada das discussões sobre a CPI do Fio Preto, que deve acontecer na próxima semana. “Já vi uma movimentação do Ministério Público e já selecionei alguns processos de pessoas que entraram na Justiça contra a Energisa, reclamando e cobrando indenização dessa atitude para novamente insistir nessa CPI”, ressaltou o parlamentar, que reuniu 20 assinaturas no pedido de investigação.
O inquérito civil instaurado pelo Ministério Público para investigar supostas fraudes da concessionária para multar consumidores foi arquivado em 2016, mas ainda assim o Ministério Público pretende encaminhar peças do processo, que apontariam indícios de crime, para apuração pela Secretaria de Defesa Social da Paraíba.
Para o deputado estadual, se as denúncias contra a Energisa ficarem a cargo dos órgãos fiscalizadores nada será feito. “Está feita a pizza, pois não tem nada contra a Energisa. Não houve nada. O povo não foi enganado, nem foi lesado”, ironizou o Anisío Maia, afirmando que essa não é a realidade da empresa de distribuição de energia elétrica na Paraíba.
Questionamento – Anísio Maia estranhou que o procurador de Justiça José Roseno Neto tenha arquivado o inquérito civil sobre o ‘Fio Preto’ da Energisa. “No entanto, ele extraiu algumas peças para encaminhar para Secretaria de Segurança Pública e alguns órgãos para investigar indícios de crime”, questionou o parlamentar.
“É uma coisa incrível. Eu não sei como se arquiva uma denúncia e, dessa denúncia, você pinça indícios de crime e manda para a polícia. Ora, se tem indícios de crime, não pode ser arquivada. Eu nunca vi isso na minha vida”, ressaltou Anísio Maia, complementando que, como não é jurista, vai se reunir com algumas pessoas da área para analisar essa atitude do MPPB, a partir da próxima segunda-feira (27).
Fonte: Assessoria