Omar Aziz (PSD-AM), candidato favorito para presidência da CPI da Pandemia, afirmou que um dos objetivos da comissão vai ser entender por que o Governo Federal não negociou com a Pfizer, em agosto de 2020, a compra de 70 milhões de doses da vacina contra a Covid-19. “Uma das grandes dúvidas é por que a gente não comprou a vacina da Pfizer, as 70 milhões de vacinas (…) Nessa última semana, muitas informações que não tínhamos surgiram através de entrevistas de pessoas que trabalharam no governo e serão também, com certeza, ouvidos e investigados”, afirmou, em entrevista à CNN Rádio.
Aziz se referia ao ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten que, em entrevista à revista Veja na semana passada, afirmou que o Brasil não comprou vacinas da Pfizer antes por “incompetência” e “ineficiência” do Ministério da Saúde, à época comandado por Eduardo Pazuello.
O senador também afirmou acreditar que a CPI não será utilizada para politizar a questão da pandemia, algo que poderia ser até prejudicial para os senadores. “Eu acredito e disse para os membros da CPI que aquele que tentar politizar será crucificado pela população brasileira. Nenhuma família enlutada, nenhum amigo que perdeu outro amigo nem os muitos órfãos que ficaram, vão aceitar que um de nós tente tirar proveito com a morte de quase 390 mil pessoas”, afirmou. “Conversei com todos os 11 senadores titulares, disse que queremos fazer um CPI técnica. Chegamos a quase 390 mil mortos pela Covid e creio que nenhum brasileiro quer que a gente politize, que faça acusações políticas”, continuou.
O senador previu ainda que o Brasil deve chegar a marca de 500 mil mortos pelo novo coronavírus durante os trabalhos da CPI da Pandemia, que será instalada amanhã (27) no Senado. “O momento é de tentar amenizar o número de mortes no Brasil porque, infelizmente, pelo andar da carruagem, quando a CPI completar 60 dias de funcionamento chegaremos a quase 500 mil mortes”, disse Aziz.
A escolha de Renan Calheiros para relatoria também foi assunto na entrevista. Aziz reiterou que, se for escolhido para a presidência, indicará o senador Renan Calheiros (MDB-AL) para a relatoria da CPI. O emedebista deverá apresentar um cronograma de trabalho levando em conta também as sugestões dos outros membros da comissão. “Acho que eu serei eleito como presidente e indicarei o relator do MDB, maior bancada. O senador Eduardo Braga (MDB-AM) abriu mão de ser o relator, então tem o senador Renan Calheiros. E é dessa forma que eu vou conduzir o primeiro dia de trabalho”, finalizou.
Fonte: CNN
Créditos: Polêmica Paraíba