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COVID-19: inquérito aponta que contaminação é maior entre 9 e 14 anos; aulas devem começar em março

O governador João Azevêdo (Cidadania) disse na manhã desta quarta-feira (23) que os relatórios iniciais do inquérito sorológico, realizado pelo governo do estado com o objetivo de analisar a situação epidemiológica no Estado contra a covid-19, apontam que alunos de 9 a 14 anos são as que têm maior taxa de contaminação pela doença.

Segundo o governador, em entrevista na manhã desta quarta concedida à TV Cabo Branco, o retorno das aulas na rede estadual de ensino está condicionado aos resultados do inquérito. Contudo, João adiantou que as aulas devem iniciar em março de 2021, de forma híbrida.

“Essa faixa, se tivesse hoje em aulas presenciais, nós teríamos provavelmente o dobro de contaminação. Então esses parâmetros orientarão nosso planejamento. Nós vamos ter a partir de março o sistema híbrido para poder voltar aos poucos, tendo também, a campanha de vacinação sendo iniciada, que é fundamental para que garanta a segurança dos professores e alunos”, explicou o governador.

Plano de vacinação  

O governador analisou os passos que o Ministério da Saúde vem tomando com relação ao plano nacional de vacinação e disse que uma campanha nacional é a maneira correta de se executar a imunização. Em sua visão, se cada estado tivesse a autonomia de fazer sua própria campanha, estados mais ricos financeiramente sairiam na frente.

João disse que a Paraíba está preparada para, tão logo cheguem as vacinas, distribuí-las pelos municípios em 24 horas. Segundo o governador, o Estado seguirá o Plano Nacional quanto aos grupos prioritários, que está distribuído em quatro fases. Para João, a aplicação nessas quatro fases deve demorar em torno de três a quatro meses.

Decreto limitando funcionamento de bares e restaurantes

João Azevêdo comentou também acerca do decreto publicado nesta semana que limita o horário de funcionamento de bares, restaurantes, lanchonetes e semelhantes durante os dias 24, 25, 31 de dezembro e 1º de janeiro entre as 6h e 15h em todo o Estado.

João disse que tem convicção que o impacto do decreto é o mínimo possível para os estabelecimentos e aceitável dentro das condições. João lembrou que outros estados optaram em fechar por mais dias e com mais segmentos.

“Muitos desses restaurantes sequer funcionam no dia 25 e 1º. Então o impacto é mínimo. Nós fizemos um estudo e identificamos que esse é o impacto mínimo para o setor”, disse.

Respondendo às críticas sobre se a publicação do decreto aconteceu de maneira tardia, prejudicando assim o segmento, como os próprios representantes afirmaram, o governador disse que o anúncio de que adotaria medidas mais severas aconteceu semanas atrás.

Judicialização

Respondendo sobre a decisão do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), de entrar na Justiça contra as novas medidas, João lamentou o fato, alertando que Campina Grande é referência para outros 70 municípios da região.

“É uma pena. Campina Grande tem mais casos e óbitos hoje, 23 de dezembro, do que teve em novembro […]. Eu acho que ele está equivocado, não está considerando que Campina Grande atende e é polo para 70 municípios […]. Esses leitos poderão, de uma hora para outra, ser ocupados, se nós não mantivermos as medidas necessárias para manter o distanciamento”, analisou.

Por último, o governador disse que “se houver recursos na justiça, nós iremos enfrentá-los, evidentemente, dentro da justiça”.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba