O senador democrata Brad Hoylman, um dos representantes de Nova York no Congresso estadunidense, condenou o fato do hotel Marriott sediar um evento que irá homenagear Jair Bolsonaro como “Pessoa do Ano”, prêmio concedido a ele por uma câmara de comércio. Segundo o parlamentar, a ação dá “plataforma pública para um homofóbico”.
O senador usou sua conta no Twitter nesta quarta-feira (1) para rechaçar a postura do hotel; “O hotel Marriott respondeu à minha petição pedindo-lhes para cancelar um evento em homenagem ao homofóbico Jair Bolsonaro como “Homem do Ano”, dizendo que eles recebem grupos de todos os valores. O que vem a seguir, sediar a convenção anual do Partido Nazista Americano? Estou furioso”.
.@Marriott has responded to my petition calling for them to cancel an event honoring homophobe Jair Bolsonaro as "Man of the Year" by saying that they host groups of all values.
What's next, hosting the annual convention of the American Nazi Party? I'm furious. #CancelBolsonaro
— Senator Brad Hoylman-Sigal (@bradhoylman) May 1, 2019
Ele ainda afirma que “homofóbicos não merecem uma plataforma pública”. “Eu não posso acreditar que o hotel Marriott quer fornecer uma no meu distrito. É ofensivo para mim como um homem gay, ainda mais com o 50º aniversário do Stonewall se aproximando”, acrescenta o parlamentar.
Petição
O senador também divulgou em suas redes uma petição pública para que o hotel cancele o evento em homagem ao capitão reformado. “Jair Bolsonaro é um notório homofóbico que certa vez disse que preferia que seu filho morresse do que ser gay. @Marriott quer sediar um evento em homenagem a ele como Homem do Ano. Isso é inaceitável. Inscreva-se e junte-se a mim dizendo ao Marriott para #CancelBolsonaro”, diz um trecho da petição.
Duas empresas já desistiram do apoio
Duas grandes empresas dos Estados Unidos – a companhia aérea Delta Airlines e a firma de tecnolgia Bain & Company – desistiram de patrocinar o evento “Pessoa do Ano”.
“A Delta Airlines retirou o apoio a uma homenagem a Jair Bolsonaro, marcada para 14 de maio em Nova York. Além da companhia aérea, a consultoria Bain & Company também anunciou que não se envolverá com o evento. A solenidade seria sediada no Museu Americano de História Natural de Nova York sediaria, mas o museu desistiu. A premiação de “Pessoa do Ano” para Bolsonaro será promovida pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos”, informou o jornalista Guilherme Amado.
Antes disso, o Museu de História Natural e o restaurante Cipriani se negaram a abrir as portas para Bolsonaro, o que fez com que o evento tenha sido deslocado para o Hotel Marriott, que será alvo de protestos até 14 de maio – data do evento – até cancele a cerimônia.
Fonte: Brasil 247
Créditos: Brasil 247