Duas imagens, de momentos distintos, da comitiva brasileira que embarcou para Israel chamaram a atenção. Na saída do Brasil, no sábado (6/3), a equipe composta por 10 pessoas posou ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sem máscara. No entanto, na chegada ao país do Oriente Médio, neste domingo (7), os integrantes do grupo usavam o equipamento de proteção.
A imagem da chegada da comitiva foi compartilhada pelo perfil do Palácio do Itamaraty no Twitter.
A comitiva está em Israel para viabilizar acordo que permita testes, na população brasileira, do spray nasal EXO-CD24. O medicamento é uma das apostas do governo federal para o combate à Covid-19 – o composto ainda não tem eficácia comprovada contra a doença causada pelo novo coronavírus.
Israel é um dos países que mais vacinaram a população. De acordo com dados divulgados pelo governo local, 53% dos cidadãos já receberam, ao menos, uma dose da vacina da Pfizer. Por isso, a nação está reabrindo, gradualmente, empresas, escolas e aeroportos. Mesmo assim, as medidas de proteção são obrigatórias, como o uso de máscaras, o distanciamento social e o aumento da higiene.
Compõem o grupo brasileiro o Secretário de Pesquisa e Formação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcelo Morales; o Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto; o Secretário Especial de Comunicação Social, Fábio Wajngarten; o assessor especial para assuntos internacionais do Planalto, Filipe Martins; e os deputados federais Eduardo Bolsonaro e Hélio Negão.
Máscaras
Apesar das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das secretarias de saúde dos estados, o presidente Jair Bolsonaro tem se manifestado contra o uso do equipamento – assim como os principais ministros e apoiadores do chefe do Executivo.
O mandatário do país afirmou, em live recente, que “estudo de uma universidade alemã” apontava efeitos colaterais do uso de máscaras – a pesquisa, na verdade, era uma enquete sem validação científica.
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Fonte: Metrópoles
Créditos: Metrópoles