O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira, 15, que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, é um “desastre” para uma sociedade e para o próprio governo. Ele disse que a logística do Exército, com a qual o general Pazuello é acostumado, é diferente da necessária para a Saúde. Maia ainda criticou a declaração do ministro que, nesta quarta-feira, 16, contestou a “ansiedade” da população para que a vacinação contra a covid-19 tenha início.
“O ministro da Saúde é um desastre. Primeiro, para o país e, também, para o governo. A sociedade e área médica começaram a entender. No meio da pandemia, com o Ministério da Saúde do jeito que está, quem paga a conta primeiro é a sociedade”, afirmou o presidente da Câmara em um café com jornalistas.
Maia disse ainda que a atuação de Pazuello será negativa também para a imagem dos militares.
“Com o desastre que é o ministro da Saúde os militares vão perder o que ganharam de imagem nos últimos anos. Pode ser ótimo na logística Exército, mas na Saúde é um desastre”, afirmou.
Ele também disse que a formação dos militares dificulta a atuação na política porque eles são treinados para “comandar” e não para “liderar”, e que isso gera desorganização no Planalto, pois falta “experiência para saber lidar com o Parlamento”. Apesar da crítica, Maia afirmou que admira os generais Luiz Eduardo Ramos (ministro da Secretaria de Governo) e Braga Netto (ministro da Casa Civil).
Maia voltou a criticar Pazuello pela declaração do ministro, nesta quarta-feira, de que há “ansiedade” e “angústia” da população para que a vacinação contra a Covid-19 tenha início.
“Pazuello, quando teve Covid, foi internado no melhor hospital de Brasília e depois ficou um dia sob supervisão no hospital militar. O presidente (Jair Bolsonaro), quanto teve, ficou todo dia nos hospitais sendo monitorado. Eu, quando tive, recebi um atendimento particular ótimo. Talvez por isso ele (Pazuello) ache que nós, brasileiros, estamos “ansiosos” demais. Mas milhões de brasileiros não têm as condições que nós tivemos. Os hospitais privados estão lotados, e os públicos carecem da estrutura necessária.”
Fonte: O Globo
Créditos: Polêmica Paraíba