João e Lula

Condição “Sine Qua Non”: O Senador de João terá que votar em Lula, Por Gildo Araújo

Os mais atentos à política paraibana estão acompanhando todas as movimentações recentes dos nossos representantes, e percebem as inúmeras articulações até se chegar ao seu intento final, que são as convenções e, em seguida, a eleição propriamente dita.

 

Os mais atentos à política paraibana estão acompanhando todas as movimentações recentes dos nossos representantes, e percebem as inúmeras articulações até se chegar ao seu intento final, que são as convenções e, em seguida, a eleição propriamente dita.

É evidente que até lá ainda teremos várias investidas pois, em se tratando de política, tudo pode acontecer devido a sua dinamicidade.

No entanto, diante do cenário do momento, pode-se fazer uma breve projeção de futuro bem próximo. Veja bem, quem assistiu a entrevista dada pelo governador João Azevedo na semana passada observou quando ele repetiu de forma enfática que o seu companheiro de chapa terá de ter compromisso com a candidatura de Lula para presidente da República.

Essa estratégia de coerência política do governador João Azevedo não só irrita ainda mais o seu maior algoz político, o ex-governador Ricardo Coutinho, como também manda recado para o pretenso candidato ao senado em sua chapa, Efraim Filho, que tradicionalmente tem se posicionado contrário às agendas públicas do Partido dos Trabalhadores dentro do Congresso Nacional, já que o parlamentar pertence a uma ala mais conservadora dentro da política brasileira.

Enquanto isso, o deputado Aguinaldo Ribeiro, mesmo tendo votado a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, ainda flutua muito bem nas hostes petistas, já que foi ministro da própria Dilma, e mais recentemente votou na Câmara Federal em favor do deputado Baleia Rossi (MDB), que foi o candidato apoiado pelo PT para a presidência da Câmara Federal. Na oportunidade, Aguinaldo Ribeiro se posicionou contrário à candidatura de Arthur Lira que é do seu próprio partido (PP). Daí a vantagem de Aguinaldo Ribeiro em relação a Efraim Filho quando da escolha feita pelo governador para ter seu companheiro de chapa na disputa das eleições deste ano.

Por incrível que pareça, a escolha de João Azevedo por Aguinaldo Ribeiro também pode ter outro viés que só está acontecendo para fazer frente a Ricardo Coutinho, que de forma estratégica fez pressão para desvincular a imagem de João Azevedo da ideologia mais esquerdista, e assim, que apenas ele (Ricardo) pudesse chegar ao presidente Lula e demonstrar que o atual governador paraibano estaria migrando para uma ala mais conservadora, tendo talvez como pré-candidato Sérgio Moro.

Mas João tem sido esperto nessa condução, se filiou ao PSB, mantendo a coerência política ideológica com o direcionamento político para o presidente Lula, o que faz, de forma indireta, afastar-se do deputado Efraim Filho.

Se não fosse esse cenário político, sem sombra de dúvidas, o governador João Azevedo optaria por Efraim Filho pela sua coerência em nível estadual, já que foi um dos grandes colaboradores do projeto de governo de João Azevedo quando participou efetivamente da campanha vitoriosa de 2018.

Diante de todas essas observações, entendemos que resta ao pré-candidato Efraim Filho procurar outro agrupamento para continuar sua busca em prol do senado federal, já que perante o desenho político apontado pelo governador João Azevedo, o escolhido para a sua chapa tende a ser Aguinaldo Ribeiro. Reiteramos que foi a estratégia de Ricardo Coutinho que fez com que João optasse por Aguinaldo Ribeiro. Mas de uma coisa temos certeza, o deputado Efraim Filho é um candidato muito forte para vencer essas eleições, pois conta com uma aceitação popular muito elevada, além de já contar com o apoio de mais de 100 (cem) prefeitos paraibanos.

A briga para o senado vai ser uma verdadeira “guerra” política, mas que ganhe quem melhor fizer por merecer o apoio da Paraíba. Quem viver, verá!

Fonte: jornalistagildo.blogspot.com
Créditos: Polêmica Paraíba