A greve dos caminhoneiros autônomos prevista para esta segunda-feira (21), a depender da intensidade, poderá até derrubar o fraquíssimo governo Michel Temer. A paralisação da categoria, além de provocar caos nas estradas, se for prolongada, também terá o condão de desabastecer os centros urbanos.
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que representa 700 mil trabalhadores da “boleia”, convocou a greve a partir desta segunda por tempo indeterminado. Dentre as reivindicações dos motoristas de caminhões estão a diminuição do preço do diesel, com a redução para zero da carga tributária que incidente sobre operações com óleo diesel (PIS/PASEP e Confins) e a isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico).
Segundo a Abcam, a redução dos impostos proposta pelos caminhoneiros significaria uma diminuição de até 42% nos preços do diesel.
O movimento foi deflagrado porque a Petrobras divulgou um novo aumento do valor do combustível, passando de R$ 2,3302 o litro para R$ 2,3488 nas refinarias. O valor do diesel subiu 12,5% apenas em maio. Nos 19 dias do mês a Petrobras anunciou 13 alterações de valor dos combustíveis derivados do petróleo, sendo nove altas. O valor nos postos está chegando ao R$ 4,00 por litro.
Os donos de postos de combustíveis estão apoiando a greve dos caminhoneiros porque eles também estão sendo prejudicados pelas sucessivas altas nas refinarias. Isto quer dizer que esses aumentos só estão sendo benefícios para os sócios privados da Petrobras, os fundos abutres norte-americanos et caterva, à custa do trabalho dos brasileiros.
Fonte: Blog do Esmael Morais
Créditos: Esmael Morais