"dando uma fugidinha"

Com Temer fora, Maia e Eunício viajam para não assumir a Presidência

 

Com o presidente Michel Temer embarcando para o Paraguai nesta 2ª feira (18.jun.2018) para a reunião da Cúpula do Mercosul, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), também deixam o país para não assumir a Presidência.

Os chefes do Legislativo são os primeiros na fila de substituição ao Planalto. A Lei das Inelegibilidades, entretanto, fixa o prazo de 6 meses para quem se candidatará nas eleições deixar cargos no Executivo.

Assim, quem assumirá o Planalto é a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia. A previsão é de que Temer retorne ao país ainda nesta 2ª.

Primeiro na linha de sucessão, Maia viajou durante o fim de semana para Portugal. Deve retornar na 3ª (19.jun). Já Eunício, que assumiria na ausência do presidente da Câmara, viaja para a Argentina, onde tem encontros com congressistas. O senador se reunirá com a vice-presidente argentina, Gabriela Michetti, e com o presidente provisório do Senado, Federico Pinedo.

Eunício é candidato à reeleição ao Senado. Pelas regras de desincompatibilização, portanto, não poderia assumir a Presidência atualmente, mesmo que provisoriamente.

Já Maia é pré-candidato ao Planalto, o que tornaria possível que assumisse o lugar de Temer. Isso porque a lei determina que quem assumir a Presidência de abril até as eleições só poderá se candidatar ao Planalto. Com baixo desempenho nas pesquisas de intenção de voto, entretanto, o presidente da Câmara ainda pode preferir disputar a reeleição a deputado.

MAIS DE R$ 90 MIL

Em abril, Temer viajou ao Peru e, pelas mesmas restrições eleitorais, a presidente do STF assumiu à Presidência pela 1ª vez.

Na ocasião, estima-se que o Congresso tenha gasto mais de R$ 90 mil para custear as viagens dos chefes do Legislativo, além de congressistas e servidores que os acompanharam.

Fonte: Poder 360
Créditos: Poder 360