Sergio Moro fez parte da comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) no debate promovido pela Band no último domingo (16). A campanha bolsonarista solicitou a presença do ex-juiz por dois motivos: tentar desestabilizar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e orientar o candidato à reeleição em pautas relacionadas à corrupção. Porém, o ex-ministro também foi até o local por ter alguns objetivos.
Desde que deixou o governo, Moro sentiu que perdeu capital político e identificou que poderia vencer as eleições 2022 para Senado no Paraná caso se aliasse novamente ao presidente da República. Ele publicou vídeos do chefe do executivo federal e declarou que ambos possuem um inimigo comum: o PT.
Com o segundo turno presidencial, Sergio e Bolsonaro fizeram as pazes e a campanha bolsonarista pediu que o ex-ministro participasse ativamente dos compromissos do presidenciável. Ele não pensou duas vezes e concordou em estar presente no dia a dia do grupo.
Para pessoas próximas, Moro já avisou que trabalhará para ser o líder do bolsonarismo no Senado, independentemente de quem vença. Se o atual presidente for reeleito, defenderá as pautas da situação e reforçará o discurso anticorrupção. Se Lula ganhar, ele se esforçará para ser o principal opositor.
O ex-juiz quer ser o sucessor de Bolsonaro. Para que isso aconteça, na opinião dele, é necessário ficar próximo do mandatário. “É um jogo de articulação. Ele quer estar ao lado do presidente visando ocupar o espaço que o presidente deixará no futuro. Esse trabalho vai começar no Senado”, diz um dos aliados do ex-juiz.
Moro pode voltar ao governo?
O ex-ministro tem dito para aliados que não quer ocupar nenhum ministério do governo Bolsonaro. Ele enxerga que pode ser muito mais útil e combatível se estiver no Senado. Porém, caso o presidente atual vença, Moro não fechará as portas para uma conversa. Tudo dependerá de como uma possível proposta for feita.
Fonte: IG
Créditos: IG